quarta-feira, 25 de abril de 2018

Conheça história de “Bella Ciao”

Conheça história de “Bella Ciao”, música símbolo de “La Casa de Papel”

Este conteúdo é em parte publicado originalmente pelo cifrasclub  com algumas adaptações feitas por mim, caso você não concorde ou tenha algo a acrescentar seu comentário é muito bem vindo, desde que tenha respeito e educação.

Bora aprender um pouco mais sobre a série.

La Casa de Papel é um fenômeno da Netflix (Reprodução/ET Online)

A série “La Casa de Papel” conta a saga de um fictício roubo à casa da moeda espanhola. Com um roteiro muito bem preparado, um excelente elenco e um enredo impactante, a série  é uma produção original da emissora espanhola Canal 3 os direitos foram adquiridos pela Netflix [sempre ela;)] que lançou a serie no final de 2017 e alcançou um público tremendo neste começo de 2018.



Já que falamos sobre questões técnicas no parágrafo anterior, há um outro aspecto que também faz “La Casa de Papel” mitar! Sim, amigo leitor: estamos falando da trilha sonora! As músicas que rolam na série foram realmente escolhidas a dedo. Só para citar algumas faixas, a trilha tem músicas de Franz SchubertLudwig Van Beethoven, entre outros!
Uma das canções que mais chama atenção dos fãs da série, no entanto, se chama “Bella Ciao”. A canção surge em cena no meio de um flashback (técnica de narrativa bastante recorrente no roteiro de “La Casa de Papel”) vivenciado pelos personagens Professor(Álvaro Morte) e Berlim (Pedro Alonso), conforme você pode conferir/relembrar abaixo.
Para o público brasileiro, em razão das edições propostas pela Netflix, a música aparece no último episódio da primeira temporada. Por sua vez, o povo da gringa viu a faixa brilhantar o episódio que fecha a segunda temporada.

Mas que música é essa?

“Bella Ciao” se tornou símbolo da resistência italiana durante a Segunda Guerra Mundial. A música também embalou protestos de partidos de esquerda ao redor do mundo, incluindo manifestações pró-democracia em Hong Kong, em 2014. A canção também foi trilha da campanha eleitoral dos partidos de extrema esquerda da Grécia.

Bella Ciao é um hino da resistência italiana (Reprodução/ET Online)
A origem da canção é imprecisa. Alguns historiadores, no entanto, sustentam a tese de que “Bella Ciao” teria sido inspirada em uma cântico entoado por camponeses, em geral provenientes da Emilia Romagna, no início do século XX. Para outros especialistas, segundo o site da Agência Italiana de Notícias, a faixa é “um conjunto de influências de músicas populares do norte da Itália”.
Independente de suas origens, a canção já é bem popular e já foi regravada por vários artistas italianos, russos, bósnios, croatas, sérvios, húngaros, ingleses, espanhóis, alemães, turcos, japoneses, chineses e curdos.

Sucesso na cultura pop!

A frieza dos números não mente: “Bella Ciao”  é ícone de um sucesso de audiência. A popularidade de “La Casa de Papel” fez com que a música saboreasse o doce sabor da preferência do público. Em meio às 2.5 milhões de músicas publicadas no site Letras.mus.br, em plena semana de Carnaval, a canção aparece no Top 20!

Sobre a continuação

Algumas agencias de noticias sobre cinema e séries já anunciaram a confirmação de uma 3ª temporada produzida direto pela Netflix esta será apenas para o serviço de streaming da empresa, esperamos que isso se concretize e tenhamos um desfecho coerente para a trama.
Neste link você pode acompanhar todas as novidades da serie no site do  Adorocinema.com.

Musicas brasileiras

temos algumas musicas que se tornaram simbolo de uma mudança e de uma causa no brasil como por exemplo a canção " Pra não dizer que não falei das flores" de Geraldo Vandré  que depois foi regravada pela banda Charlie Brow Jr, "Calice"  de Chico Buarque o importante é pensar sobre como as musicas podem influenciar nossa historia e uma estoria.


Exercício

Para fechar esta reflexão peço que responda este Interpretação da Musica "Ciao Bella" pequeno questionário com suas ideias e compreensões sobre a musica e sua aplicação.
Desde já muito obrigado.

Prof. Erikson Moreira

Postagem original de: 

Fontes de conteúdo:


sexta-feira, 20 de abril de 2018

Quais as diferenças entre sistemas multimodais e intermodais de transporte?

As coisas no mundo andam cada vez de forma mais rápida. Com a automação massificada dos processos, todas as etapas buscam constantemente se aprimorar para acompanhar as tendências do comércio, assim como logísticas, processos de fabricação, reflexos do desenvolvimento tecnológico e globalização.

Empresas de logística seguem o ritmo natural do mercado e preocupam-se cada vez mais em atender bem seus clientes, sincronizando entregas com linhas de montagem, mantendo a segurança e qualidade dos produtos transportados e reduzindo seus custos para ampliar seus mercados.

Umas das modernas ferramentas utilizadas para isso são os transportes intermodais e os multimodais. Ambos apostam no uso de diferentes modais de transporte, utilizando-se de meios terrestres, aquáticos e aéreos ao longo de seu processo. Vamos conhecer melhor cada um deles:

Transportes Multimodais

É um conceito que envolve a movimentação de bens por dois ou mais modos de transporte, utilizando de um único contrato de transporte emitido por um OTM (Operador de Transporte Multimodal), que assume, perante o embarcador, total responsabilidade pela operação da origem ao destino — como um transportador principal e não simplesmente como um agente.

Simplificando o entendimento, nas operações multimodais a variedade dos meios de transporte utilizados é pouca, porém existe o OTM, que geralmente organiza todo o trânsito de mercadorias, inclusive mudanças de modal, em nome de um cliente com quem firmou contrato.

Transportes Intermodais

Esse sistema tem uma visão sistêmica que engloba todas as atividades envolvidas na cadeia logística, visando reduzir e até eliminar algumas resistências ao movimento contínuo de bens e equipamentos de transporte da origem até o destino.

No modelo intermodal, a cada nova mudança de meio ou modal de transporte, um contrato diferente entra em vigor para acompanhar a carga. Ainda nesse caso, geralmente, usa-se o termo para definir operações que utilizem mais de um tipo de meio de transporte para cumprir seu trajeto até o destino, porém a acomodação e o modo de tração da carga permanecem, mesmo substituindo a forma do modal.

Vantagens do Sistema Multimodal

Apesar dos dois sistemas serem muito parecidos, a vantagem de contratar um Sistema Multimodal é a redução de burocracia e da sua preocupação com o transporte da carga. Lembrando que com a presença do OTM, há a responsabilidade total pelo transporte do início ao fim, não importando a quantidade de mudanças de modais pelo trajeto.

Esses OTM têm habilitação e registro prévio da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), e essa operação requer também o registro do CTMC (Conhecimento de Transporte Multimodal de Cargas), documento válido não apenas como contrato, mas como documento fiscal do transporte.

Ambos os conceitos passaram a existir para cobrir uma necessidade grande do mercado, já que em cada local há uma dificuldade diferente em questão de disponibilidade de transporte. Nossos portos são pequenos, nossa malha ferroviária limitada e as estradas já estão abarrotadas de caminhões — veja nosso post sobre as principais formas de transportes e veja qual se encaixa melhor na necessidade da sua empresa.


fonte: www.prestex.com.br


sábado, 7 de abril de 2018

Política de Estoque

Um dos grandes trade-offs da logística é o de Estoque x Trasporte como vemos em nossa aula trago a todos um artigo do Portal Educação que descreve um dos temas abordados que é a Politica de Estoque é esta politica que define claramente como a empresa trata os produtos que ela compra e produz.

Aproveitem a leitura.

Para obtermos uma eficiência maior na gestão dos estoques sua empresa deverá estabelecer uma Política de Estoque.

Mas o que é uma política de estoque?

As empresas geralmente estão envolvidas em um dilema: quanto à empresa deverá estocar? O departamento de vendas deseja um estoque elevado para atender melhor o cliente e a área de produção prefere também trabalhar com uma maior margem de segurança de estoque. Em contrapartida, o departamento financeiro quer estoques reduzidos para diminuir o capital investido e melhorar seu fluxo de caixa.

Que dilema! Como resolver a questão do volume de estoque?
A melhor saída para isso é criar uma boa política de estoques, para que os interesses da empresa sejam atendidos e os clientes também fiquem satisfeitos.

A política de estoques deve ser definida pela administração central da empresa, que deverá repassar ao Departamento de Controle de Estoques o programa de metas e objetivos a serem atingidos. Este procedimento visa estabelecer certos padrões que sirvam de guias aos programadores e controladores e também de critérios para medir a performance do departamento de gestão de estoques.

O planejamento é um dos principais instrumentos para o estabelecimento de uma política de estoque eficiente. Para isso, a empresa deverá acompanhar sistematicamente:
  1. os itens em estoque, verificando lucratividade e posicionamento da empresa no mercado;
  2. o recebimento e a correta armazenagem das mercadorias
  3. inventários periódicos para avaliação das quantidades e do estado das mercadorias estocadas;
  4. o tempo de reposição de cada mercadoria;
  5. qual é o melhor mix de produtos;
  6. qual é o giro de mercadorias ideal para os principais produtos do estoque.

Toda empresa deve definir as quantidades corretas de cada mercadoria/item que deve estar no estoque em um determinado período de tempo, para que a empresa não sofra nenhum prejuízo. Para fazer esse dimensionamento do estoque existem três instruções básicas:

Os produtos devem ser estocados o menor tempo possível, fato que reduz custo de manutenção e indica que o investimento feito pela empresa na compra destes produtos retornou rapidamente.

O custo de manutenção dos estoques aumenta na proporção de sua dimensão. Isso quer dizer que quanto maior a quantidade de mercadoria estocada, maior será o espaço físico necessário para guardá-la, maior o número de funcionários necessários e maiores os gastos para controle.

Sem um adequado planejamento e uma eficiente política de estoques, a empresa fica a mercê da sorte, podendo sofrer grandes prejuízos.

Um bom modelo de estabelecimento de políticas de estoque é aquele que proporciona o menor estoque possível, com a ressalva dos casos em que estoque é fonte de lucro, e, ao mesmo tempo, oferece o melhor nível de atendimento aos clientes. Este modelo deve levar em consideração três fatores:
  • tem é de reposição fácil/rápida pelo mercado fornecedor ou pela produção?
  • O item tem possibilidade de ter sua demanda calculada com precisão?
  • O item é estrategicamente importante para as operações da empresa?
Não haverá fórmula matemática que proporcione cálculos exatos do estoque de segurança e do lote de compra ou produção que possa ser inserida nos programas de computador para levar em consideração as perguntas acima e transforma-las em parâmetros de suprimento para os estoques. A sugestão, então, é que o administrador dos estoques utilize uma matriz.

Matriz para determinar políticas de gestão dos estoques

Ao analisar cada um dos itens ou categorias de materiais/produtos de um determinado conjunto de itens de uma empresa, podem ser identificados itens que serão classificados como 1.1.1 estes serão os itens de maior grau de dificuldade de gestão, até os itens de classificação 3.3.3, que serão aqueles com menor grau de dificuldade.

Dado que uma política de gestão de estoque é formulada, primordialmente, por quantidades de estoque de segurança (ES) e quantidades de lote de encomenda (LE), o planejador de estoques deverá estabelecer, de acordo com as três características da matriz do item em análise, as quantidades a serem adotadas nos parâmetros de ES e LE do sistema. Tais quantidades poderão ser em número de unidades do item ou em número de dias de demanda, se esta demanda puder ser calculada com exatidão pelo software utilizado.

Esta matriz, que no presente artigo está sendo mostrada com somente três linhas e três colunas, poderá ser estendida horizontal ou verticalmente, dependendo da complexidade dos itens cujas políticas de segurança e lote se esteja analisando. Algumas considerações devem ser feitas sobre a utilização desta matriz:

Dificuldade de suprimento pelo mercado fornecedor

Fundamentalmente, as dificuldades de suprimento pelo mercado fornecedor podem ser analisadas sob quatro aspectos
  • Elevado ou incerto tempo de reposição; quando o mercado fornecedor ou o fornecedor com o qual a empresa mantém relacionamento não consegue estabelecer um tempo de reposição rápido, ou seu atendimento é muito irregular em termos de prazo de entrega.
  • Incerteza na qualidade do material fornecido; da mesma forma, se o atendimento é irregular em termos de qualidade, estando às entregas sujeitas a devoluções por problemas de qualidade.
  • Modelo de compra/reposição utilizado não eficiente: Este é o caso típico de organizações estatais que estão sujeitas as normas restritivas de utilização de conceitos de compra em aberto, quando poderiam utilizar forma mais ampla a sistemática de concorrências e adjudicação pelo modelo de registro de preços, que facilita a utilização de contratos de fornecimento de longo prazo. Para as empresas privadas que ainda não utilizam as compras em aberto, enfatiza-se a necessidade de iniciar tal modelo de reposição, de maneira a poder solicitar parcelas de entrega em pequenos intervalos de tempo.
  • Relacionamento de baixo nível com fornecedores: Nos últimos anos com a evolução do conceito de SCM – Supply Chain Management, traduzido em gerenciamento da cadeia de suprimentos, os relacionamentos com fornecedores tem tido uma evolução no sentido de reais parcerias de negócio.O gerenciamento da cadeia de suprimentos compreende o planejamento e o gerenciamento de todas as atividades envolvidas no encontro de fontes de suprimento e compras, conversão (produção), e todas as atividades de gestão logística. De maneira importante, também inclui a coordenação e colaboração entre os parceiros do canal, que podem ser fornecedores, intermediários, provedores de serviços e clientes. Em essência, Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos integra o gerenciamento do suprimento e da demanda dentro e através das empresas.

Conforme dito acima, a nova forma de relacionamento com fornecedores é a de coordenação, que implica em sincronizar esforços de planejamento e atendimento das demandas, e de colaboração, que implica em relacionamentos objetivando os ganhos de longo prazo ao longo da cadeia de suprimentos através do atendimento sem falhas e de custos cada dia menores.

Dificuldade de suprimento pela produção interna

Se o item que se quer parametrizar é um item produzido internamente, deve-se investigar o motivo pelo qual existe a dificuldade de suprimento e tomar todas as medidas que atenuem as dificuldades.

Se o problema é de tempo ou custo de iniciar um lote de produção, devem ser relacionados os motivos daquele incremento de tempo ou custo para que a engenharia de métodos e processos encontre os equipamentos, dispositivos ou processos que minimizem tais fatores de desperdício.

Se o problema é de intervalos entre programações de produção (programação mensal, por exemplo), devem ser tomadas às medidas necessárias, em termos de sistema e práticas de planejamento e controle de produção, que permitam que os intervalos das programações da produção sejam, no máximo, semanais. Quanto menor o intervalo de tempo entre os programas de produção, menor o número de reprogramações e melhor o atendimento da demanda, com menores estoques.

Possibilidade de erro no cálculo da demanda do item

Este fator que afeta o estoque de segurança de um item é um assunto muitas vezes negligenciado pelos gestores de estoques. Ao estabelecermos a política de estoques de um item, temos que estudar sua demanda e verificar suas características de regularidade, tendência, sazonalidade, etc. Quanto melhor os modelos de previsão de demanda conseguirem prever a demanda futura, menor estoque de segurança vamos necessitar, para cobrir as variações entre a demanda prevista e a real.

Uma das técnicas em uso, atualmente, é o VMI – Vendor Managed Inventory, estoque gerenciado pelo fornecedor, em que são estabelecidas políticas de gestão para os itens atendidos por determinado fornecedor e este, com base nos sistemas informatizados, toma conhecimento em tempo real, da evolução da demanda ou dos estoques do cliente e, automaticamente, sem necessidade de pedidos ou autorizações de entrega, providencia a reposição das mercadorias para que os estoques sejam mantidos em níveis confortáveis.

Possibilidade de graves prejuízos com a falta do item

Neste aspecto de julgamento do planejador de estoques, devem ser levados em consideração:
         Se o item faltar, qual o nível de prejuízo ou conflito que pode causar com os clientes?
         Se o item faltar, qual o prejuízo que pode causar às operações da empresa?

De acordo com as respostas a estes dois quesitos, o planejador deverá estabelecer o nível de estoque de segurança que deve ser mantido para o item.

A redução ou eliminação do estoque de segurança sem afetar o atendimento ao cliente é o grande objetivo de gestão do planejador de estoques. A boa gestão da cadeia de suprimentos através das metodologias de planejamento cooperativo da demanda e reposição – CPFR e dos estoques gerenciados pelos próprios fornecedores – VMI, assim como os esforços para aumentar a flexibilidade da produção através de práticas e equipamentos que reduzam os custos e tempos de troca de produtos na linha de produção, são os grandes direcionadores da gestão de estoques.

Você deve ter observado no decorrer de nossa explanação que o estoque de sua empresa não pode ser gerenciado de forma única. Devem-se respeitar as características dos produtos e principalmente a facilidade de sua aquisição no mercado.

fonte: PortalEducação.com

sexta-feira, 6 de abril de 2018

O crescimento da JSL nos Ultimos Anos

De pai para filho: a trajetória bilionária da maior operadora logística do Brasil
Alex Ricciardi 

São muitos os grupos empresariais brasileiros fundados, várias décadas atrás, por imigrantes que chegaram ao país em condição de pobreza. Todos labutavam dia e noite durante os primeiros anos da empresa, e não raro viviam de forma tão austera que prejudicavam a própria saúde; a prioridade, afinal, era investir no negócio, não em si mesmos. Seus descendentes geralmente herdaram o apego ao trabalho, e bem cedo em suas vidas, já davam expediente na companhia familiar. Triunfaram: hoje, os filhos e netos de tais pioneiros lideram as grandes corporações surgidas assim, e mantêm a ênfase no esforço pessoal como motor do êxito. Não se trata de um relato hipotético: este é um resumo exato, embora genérico, de como foi construída a maior companhia de logística do Brasil e de toda a América Latina — a JSL, anteriormente chamada Julio Simões Logística e, ainda antes, Transportadora Julio Simões.

“Meu pai, nos primórdios do grupo, trabalhava de forma incansável e se alimentava pouco; por isso, contraiu tuberculose. Conseguiu se curar, casou-se, teve filhos, mas as privações que enfrentou deixaram marcas: veio uma segunda tuberculose.” É com essas palavras que Fernando Antonio Simões se lembra de Julio Simões, fundador da JSL. “Ele foi meu maior ídolo. Eu não comecei a trabalhar aqui, aos 14 anos, porque gostava da empresa. Eu comecei a trabalhar porque gostava do meu pai. Estar na empresa era uma maneira de estar perto dele. Só algum tempo depois é que a satisfação em fazer o que faço surgiu — e permanece até hoje.” Fernando preside o grupo. Ele é o caçula dos seis filhos biológicos de Julio. Tem 48 anos.

O pai desembarcou em Santos (SP) em 1952 vindo de uma pequena aldeia no centro-norte de Portugal, Ribeira de Alcalamouque, onde era agricultor. Sua intenção: ingressar na empresa de transporte coletivo que seu tio, Arthur, possuía no Brasil. Logo Julio Simões passou a trabalhar como mascate, vendendo roupas pelo interior de São Paulo e do Paraná e, aos poucos, foi comprando caminhões usados para a condução de cargas (no começo, principalmente hortifrutigranjeiros). Em 1956 abriu sua transportadora. Seu maior cliente então era Leon Feffer, proprietário da Suzano Papel e Celulose, que, por sinal, até hoje usa os serviços da JSL.

Durante a década de 1970, a companhia se voltou ao transporte de ferro e aço — hoje, a mineradora Vale é seu maior cliente individual. Por essa época Simões iniciou o preparo dos filhos para que o sucedessem. Em 1981, Fernando começou a trabalhar no grupo. Passou por diversos setores da empresa e, em 1986, tornou-se diretor operacional. Dois anos depois assumiu a área comercial, que na época abrigava cerca de 300 funcionários, 120 caminhões e 16 filiais. No início da década de 1990 já dividia com o pai a gestão da companhia e conduzia uma intensa diversificação de suas atividades. Em 2009 tornou-se presidente e, em 2010, Fernando liderou a abertura de capital e a mudança da marca para JSL S.A. Em 2012 Julio Simões faleceu em Mogi das Cruzes (SP), onde residia, aos 84 anos. Motivo: complicações cardiorrespiratórias. Até o fim, as sequelas deixadas pela vida dura que levou se fizeram presentes.

Seu filho atualmente comanda uma companhia bem diferente da que ele fundou. “Temos grande orgulho em fazer transporte de cargas, surgimos atuando nisso, mas essa é uma atividade hoje minoritária de nosso portfólio. Corresponde a 8% da receita”, diz Fernando. E qual o principal negócio da JSL, então? “Serviços dedicados. Cerca de 80% de nosso faturamento vem deles.” Trata-se, explica, de operações customizadas segundo as necessidades de cada empresa e que raramente envolvem longas distâncias a serem percorridas. A companhia, por exemplo, é responsável por levar autopeças e matérias-primas para várias das maiores montadoras instaladas no Brasil. Também cuida de tudo que se refira à movimentação extramuros das fábricas de seus clientes. Transporta trabalhadores para canteiros de obras, e até mesmo conduz médicos e enfermeiras à casa de pacientes. Ações assim, muito mais complexas do que carregar volumes de um ponto A para um ponto B, são hoje o principal pilar da corporação.

Mas há mais. Adquirida no final de 2013 por R$ 65 milhões, a Movida Rent a Car, que faz locação de veículos, parece ser a atual menina dos olhos do CEO da JSL. “Quando a compramos, a Movida tinha 26 lojas e 2.350 veículos. Agora possui mais de 120 lojas e 28 mil automóveis. Colocamos ali a cultura JSL de servir, e o retorno foi extraordinário. Trata-se de uma unidade com enorme potencial de expansão”, diz ele. A Movida cresceu impressionantes 288% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Fernando também ressalta que o grupo é o maior revendedor de caminhões da marca MAN no país e conta com um braço voltado à disputa de concessões públicas, a CS Brasil, dentre várias outras subsidiárias. A empresa atua em mais de 16 setores da economia e obteve, nos seis primeiros meses de 2015, um lucro líquido de R$ 37 milhões, o que representa uma alta de 10,8% na comparação anual, impulsionada por um maior faturamento e uma melhora em sua rentabilidade. “Prevemos que neste ano, mesmo com a crise, cresceremos entre 12 e 16%”, revela ele.

Trata-se de um homem magro, bastante afável. O executivo recebeu FORBES Brasil no escritório que mantém na capital paulista, mas a sede da empresa fica em Mogi das Cruzes, onde a JSL surgiu. É católico: tem uma imagem de Nossa Senhora de Fátima em sua sala. Conta que seu maior prazer é estar junto da família e fala com carinho de sua mãe, Elvira Benedicta Simões. “Foi graças à harmonia que ela sempre manteve em nossa família que meu pai pôde se dedicar tanto aos negócios”, recordou-se. É também uma pessoa discreta, que prefere resguardar a vida pessoal.

A área de logística, nacional e internacional, é seu objeto de trabalho e estudo. “Já descobri coisas curiosas pesquisando”, diz ele. “Nos Estados Unidos existe uma grande transportadora, a Werner, cujo fundador abriu o negócio no mesmo ano em que meu pai criou sua empresa, e com um caminhão só um ano mais velho que nosso primeiro veículo! E eles também atuam hoje principalmente com serviços dedicados. Já
os visitei. Estou sempre atento à concorrência e, sobretudo, à satisfação dos usuários.” Por sinal, a carteira de clientes da empresa é fortemente pulverizada, uma tática de resistência a crises. “Hoje o setor automotivo não vai bem, mas o alimentício, por exemplo, vai. Atendemos ambos, a fraqueza de um é compensada pelo vigor de outro. No futuro essa correlação de forças pode ser inversa — e também estaremos preparados para isso.”

VEJA TAMBÉM: “Águas claras só em 2018″, afirma presidente do Grupo Boticário

Aliás, em se tratando de futuro, ele crava: “As empresas querem ficar cada vez mais leves, é o que percebo. Vejo companhias que nunca pensaram em ter uma frota terceirizada me chamarem para propor a venda de seus carros e caminhões. Depois, elas alugam esses mesmos veículos de nós. Com isso, ganham mais tempo para se dedicar ao centro de seu negócio, ao seu core business. A logística a gente faz”. A idade média dos caminhões da organização é de dois anos. Quando alguma unidade ultrapassa tal marca, é revendida para um caminhoneiro autônomo. A empresa é, enfim, um grande case de sucesso — embora Fernando não goste de tal palavra.

“Eu não acredito muito no conceito de sucesso. Quem se acha um empresário de sucesso corre o risco de acomodar-se, parar no tempo. Eu prefiro pensar em termos de momentos de felicidade”, explica ele. “Nós da JSL temos vivido vários desses momentos. Este ano será o primeiro em que enfrentaremos um perío­­do difícil na economia brasileira desde que abrimos o capital, em abril de 2010. Mas tudo bem, também somos capazes de prosperar em épocas difíceis.”

Por sinal, questionado acerca do futuro do país, ele se mostra realista — porém, esperançoso: “O desempenho econômico de 2015 já está dado, não há muito o que fazer a respeito. Se as reformas necessárias forem levadas adiante pelo governo, por outro lado, podemos ter um 2016 melhor e um 2017 ainda melhor. Seguin­­do neste ritmo, talvez cheguemos a 2018 em outras condições, bastante favoráveis. Vamos ver”. E ele arremata: “Uma coisa
é a política, outra é a vida real do país. O Brasil tem uma capacidade extraordinária de se recuperar de baques por meio do trabalho. Eu apostaria fortemente nisso”. O legado de Julio Simões ainda ecoa em seus descendentes. Cada vez mais forte.

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INÍCIONEGÓCIOSCloud computing torna-se predominante na tecnologia da informação
Cloud computing torna-se predominante na tecnologia da informação
Alex Ricciardi 
17 de dezembro de 2015 Negócios
 Getty Images
Getty Images
Até alguns anos atrás, tratava-se de uma tendência; agora, não. Isto porque hoje, quando o assunto é computação em nuvem, não se está falando sobre algo que tende a acontecer, mas sim sobre o presente do setor nacional de tecnologia da informação (TI). As empresas brasileiras aderiram, em grande número, à prática. O chamado cloud computing consiste no uso da memória e da capacidade de processamento de computadores e servidores remotos, via internet, por empresas e indivíduos. E não se trata de nuvem passageira, pois há vantagens evidentes no processo: com ele, economiza-se equipamentos, espaço físico e mão-de-obra. A companhia fica ainda liberada para focar esforços em sua atividade-fim, e não em TI. Mas há também, ao menos, uma desvantagem: o risco de que informações, senhas e até mesmo capital sejam acessados (e roubados). Em resposta, o investimento em segurança de dados vem crescendo; na verdade, isto sim é que pode ser chamado de uma tendência do setor.


“A computação em nuvem, hoje, é uma sólida realidade da TI brasileira. É algo que faz sentido para as empresas, tanto em termos de contenção de custos quanto na otimização de operações. Em síntese, gasta-se menos e sente-se o trabalho render mais ao aderir ao cloud computing”, afirma Maurício Cascão, CEO da Mandic Cloud Solutions. A empresa, fundada por Aleksandar Mandić, nome emblemático da internet brasileira, foi uma das primeiras do país a se dedicar à prática. Já em 2002 ela fornecia um email personalizado que podia ser acessado de qualquer local. De lá para cá a companhia mergulhou fundo no cloud computing — com êxito, frisa Cascão. Tanto que foi comprada em 2012 pelo fundo de investimento Riverwood Capital por R$ 100 milhões e recebeu, no ano seguinte, um aporte da Intel Capital, tornando-se com isso uma das maiores organizações brasileiras do setor de tecnologia da informação.

Mas o fato é que, se os dados estão em bancos de memória localizados fora das instalações da corporação, há um risco maior de que sejam acessados por hackers interessados em capturar e vender informações a quem queira pagar por elas. As empresas que operam no país estão protegidas contra isso? “O Brasil situa-se na vanguarda no que tange à segurança de dados, não deixando nada a desejar em relação a quaisquer outros países”, acredita Gil Torquato, CEO do UOL Diveo, que oferece soluções em outsourcing (terceirização) de TI. “Além dos recursos oferecidos por grandes grupos especializados no segmento, acrescentamos aqui medidas adicionais que tornam as soluções aplicadas localmente bastante avançadas.” Alguns exemplos: apenas o UOL Diveo, conta ele, monitora mais de dois bilhões de eventos de segurança correlacionados em tempo real; bloqueia diariamente 300 milhões de spams e phishings (tentativas de fraude); e tem mais de 14 mil firewalls (bloqueios de segurança) sob sua gerência.

Para tanto, a organização conta com uma das maiores infraestruturas de data center do Brasil. Mas, antes de prosseguir, convém perguntar: como a indústria local de tecnologia da informação vem se saindo em 2015, um ano sabidamente difícil? A resposta: bem melhor que quase todo o restante da economia. “Seguimos com alta demanda por profissionais. Épocas de adversidade trazem a busca por maior eficiência, e nosso negócio é justamente este. Em suma, o setor de TI se expande mesmo em momentos de crise”, garante Cristina Palmaka, CEO da SAP Brasil. “Acredito, portanto, que temos muito a contribuir para a volta do crescimento. Várias empresas vêm aproveitando esse ano para investir em TI. Querem estar melhor preparadas para a futura retomada da economia. Então, há muitas chances para organizações como a SAP.”

O setor nacional de tecnologia da informação não é uma indústria pequena. Pelo contrário: segundo a consultoria IDC, somos hoje o quinto maior mercado de TIC (tecnologia da informação mais comunicação) do planeta. Em todo o mundo a atividade movimentou cerca de US$ 3,8 trilhões em 2014. “Os cinco maiores mercados em TIC são, pela ordem, Estados Unidos, China, Japão, Reino Unido e Brasil. O sexto é a Alemanha”, revela Renato Rosa, analista de Pesquisa e Consultoria na IDC. No Brasil, no ano passado, o setor gerou US$ 158 bilhões. Neste ano a previsão é que gere US$ 165,6 bilhões. Rodrigo Dienstmann, presidente no Brasil da fabricante de equipamentos de rede Cisco Systems, pondera: “O mercado digital tem um aspecto contra-cíclico interessante. Na medida em que os governos e as empresas buscam mais eficiência, procurando produzir mais com um orçamento menor, a tecnologia passa a ser uma chave. Ela permite otimizar processos, reduzir gastos, ampliar ofertas e melhorar a qualidade de produtos e serviços. A tecnologia é um dos pilares do aumento da produtividade em um país e, nesse momento, sua adoção entre nós é ainda mais imprescindível”.

Se estamos falando de computação, estamos falando de capacidade de processamento de dados. Nada melhor, portanto, do que consultar a maior fabricante de processadores do mundo, a Intel, e sua histórica concorrente, a AMD. Ambas operam no país. “A Intel lançou em 2015 a 5ª geração da família de processadores Intel Core, entregando mais desempenho com menor consumo de energia. A 5ª geração é a primeira com a arquitetura de 14 nanômetros, e apresenta 2,5 vezes mais desempenho em relação a um processador lançado há quatro anos. Isso se traduz em dispositivos com mais do que o dobro do tempo de duração de bateria e oito vezes o desempenho em vídeo”, conta David González, diretor-geral da companhia no Brasil. Quanto a nosso mercado de TI, ele observa: “A falta de mão-de-obra pode se tornar um problema por aqui. Mas não considero que o Brasil esteja em desvantagem comparado a outros mercados emergentes. Se a indústria local caminhar no sentido da transformação dos setores de saúde e educação, e paralelamente se mantiver forte nos demais segmentos, creio que exista potencial para um crescimento na casa dos dois dígitos em nossa TI neste ano”.

Roberto Brandão, diretor-geral da AMD para o Brasil, segue a mesma linha. “O mercado local passa por uma transição bastante interessante”, observa. “No passado, o brasileiro tinha o hábito de comprar muitos PCs de baixo custo, com pouco valor agregado. Agora, adquirem um número menor de máquinas, mas de maior valor agregado e qualidade.” Brandão conta que, para a AMD, os consumidores domésticos e as pequenas empresas são a maior parte dos clientes no Brasil. Indústria e comércio compõem a demanda por máquinas de alto valor agregado, como estações de trabalho e servidores. E o governo (federal, estaduais e municipais) também contribui com uma boa fatia da procura por TI no país.

Mas, voltando ao tema da segurança de dados, o que todos estes atores precisam fazer para torná-la cada vez mais efetiva? “Eu vejo a segurança hoje nas pautas prioritárias de todos os países e empresas, principalmente após os vazamentos recentes de informação mundo afora, que impactaram nações, companhias e cidadãos”, responde Maurício de Paula, consultor da Teradata, uma agência de pesquisa e desenvolvimento do setor. “O fato é que a segurança está diretamente ligada às pessoas. E este é o elo fraco da corrente. Alguém tem a senha e a guarda de forma insegura, alguém esqueceu de mudar uma configuração padrão do sistema, e pronto — uma brecha de segurança foi aberta e é explorada por indivíduos mal-intencionados. Os colaboradores precisam ter clareza acerca de suas responsabilidades e dos impactos que a falta de segurança no universo informacional acarreta.”

Jun Endo, presidente no Brasil da Avanade, uma provedora global de eficiência em tecnologia da informação, afirma que, no passado, havia dúvidas em relação à segurança no ambiente digital, principalmente quando relacionada à cloud computing. “Hoje, porém, a computação em nuvem, que é cada vez mais adotada por empresas no mundo inteiro, já está consolidada e possui um alto nível de proteção às informações que transitam neste ambiente, tanto no Brasil quanto no resto do mundo”, diz.

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E já que o assunto é tecnologia nada mais conveniente do que falar sobre o futuro. No caso, o futuro da TI. Um bom palpite a respeito quem traz é Marcelo Porto, presidente da IBM Brasil. “A grande novidade para esse ano e para os próximos são os sistemas e serviços que usam computação cognitiva. Esses sistemas na nuvem aprendem de uma forma muito semelhante a do ser humano, via compreensão da linguagem natural, gerando hipóteses baseadas em evidências e dando respostas de caráter probabilístico”, explica. “Eles assimilam dados continuamente, crescendo em valor e conhecimento ao longo do tempo a partir de suas interações com o entorno. Quanto mais velhos, mais eficientes e valiosos. Podem extrair informações importantes de um vasto conjunto de dados, com inúmeras possibilidades combinatórias, e que exigiriam um tempo muito longo para serem analisados com os métodos tradicionais de tratamento da informação”. Porto observa que a IBM possui seu próprio sistema cognitivo na nuvem, o Watson. O produto é muito empregado na área de saúde nos EUA e, no Brasil, está sendo usado pelo Bradesco.

E especificamente a TI nacional, para onde vai? “Entendemos que o país possui condições e potencial de se tornar um líder global entre as economias conectadas, oferecendo oportunidades de transformação digital a todos os tipos de empresa, e inclusive se destacando como um polo de criação de startups”, responde Pan Chulin, presidente da Huawei para a região sul da América do Sul. A companhia é uma das gigantes chinesas da tecnologia da informação. “No Brasil, iniciativas como o Programa Nacional de Banda Larga e, mais especialmente, o Banda Larga para Todos têm tido êxito na ampliação do acesso à internet. Com eles o país pretende fornecer a mais de 90% de seu povo banda larga de alta velocidade e levar fibra óptica a 45% da população urbana. Porém, para se consolidar como destaque global neste campo, é preciso que iniciativas de promoção da indústria local de TIC proliferem. O Brasil tem de ampliar a conectividade e participar do debate acerca da indústria 4.0 se quiser manter-se competitivo”.

Na mesma linha segue Marco Stefanini, CEO da Stefanini, fabricante nacional de softwares industriais. Sua empresa vai crescer este ano, absorvendo concorrentes. “A estratégia de ir às compras em 2015 vai fortalecer nossa atuação dentro e fora do País e contribuir para que alcancemos as metas propostas. Vamos investir fortemente na internacionalização e em negócios não só no Brasil, mas também em outras nações. No ano passado estivemos mais tranquilos nesse sentido, mas agora vamos retomar as aquisições”. Ele detalha: “Até agora, tivemos quatro movimentações importantes em 2015. Anunciamos a incorporação parcial da IHM Engenharia; nos unimos à Tema Sistemas, presente no mercado financeiro há 30 anos, para criar a joint venture Stefanini Capital Market; e lançamos a Inspiring, braço de telecom do Grupo Stefanini. Por último, divulgamos em junho a abertura de um escritório em Ontário, no Canadá, considerado o 2º maior pólo de tecnologia da informação da América do Norte”. Ele conclui que, embora os números da economia brasileira não sejam os desejados, a Stefanini acredita que o mercado de TI precisa reagir. “Certamente 2015 e 2016 serão anos mais difíceis, mas teremos que enfrentá-los com maior eficiência operacional e com a oferta de soluções que realmente impactem positivamente no negócio do cliente”, aposta.

Aliás, por falar em crise, Aleksandar Mandić tem uma boa história a respeito. Ele hoje se dedica integralmente ao aplicativo que criou no início de 2013, o MandicMagic. O que é este app? Trata-se de uma rede social de compartilhamento de senhas wi-fi de locais de circulação pública. O MandicMagic fornece senhas de restaurantes, cafés, clínicas e outros estabelecimentos onde é comum que haja acesso livre à internet. Cerca de 35 mil pessoas por dia fazem download do app. Quanto à história, é o próprio Mandić quem a conta. “A TI tende a crescer nos maus momentos, pois traz corte de custos e aumento da produtividade”, começa ele. ”Então, recentemente, estava conversando com um amigo, executivo do setor, e perguntei como iam os negócios. Ele me respondeu: veja, até há pouco tempo atrás não iam bem; mas agora, com a crise, tudo melhorou”. Um fecho brilhante, dado pelo maior pioneiro de nossa internet, a um debate sobre o presente — e o futuro — da TI brasileira.

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terça-feira, 3 de abril de 2018

Significado de Trade-off


O que é Trade-off
Trade-off ou tradeoff é uma expressão em inglês que significa o ato de escolher uma coisa em detrimento de outra e muitas vezes é traduzida como "perde-e-ganha".
trade-off implica um conflito de escolha e uma consequente relação de compromisso, porque a escolha de uma coisa em relação à outra, implica não usufruir dos benefícios da coisa que não é escolhida. Isso implica que para que aconteça o trade-off, elemento que faz a escolha deve conhecer os lados positivos e negativos das suas oportunidades.
Estamos perante um cenário de trade-off quando é preciso sacrificar alguma coisa para obter um bem maior, o que muitas vezes causa um tipo de dilema.
Um trade-off pode ocorrem em várias situações da vida. Por exemplo, um carro que é mais pesado tem mais estabilidade e segurança, mas em princípio perde velocidade e consome mais combustível. Assim, um aspecto positivo é perdido, mas outros são adquiridos. O mesmo acontece no caso do atletismo, porque se um atleta escolhe correr a maratona, ele não terá sucesso se quiser competir nos 100 metros, porque a sua estrutura fisiológica estará adaptada para participar na maratona. Neste último caso, o atleta decide trocar os 100 metros pela maratona.
Trade-off na Economia
No âmbito da economia, a expressão trade-off é muitas vezes descrita como custo de oportunidade, pois representa o que uma pessoa deixa de usufruir de uma coisa por ter escolhido outra.
Um tema relacionado com isto é a Curva de Phillips, que indica que algumas políticas econômicas de diminuir a taxa de desemprego implicaria um aumento da taxa de inflação.
Trade-off na Logística
Na logística, um trade-off implica um custo para uma determinada empresa, porque tem que investir para melhorar vários aspectos do negócio (como equipamentos, formação de trabalhadores, melhorar as estruturas e os transportes, etc.). Apesar disso, esse trade-off vai compensar no médio e longo prazo, porque vai possibilitar o crescimento da organização e o aumento da sua lucratividade.


Fonte: Significados.com