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quinta-feira, 10 de novembro de 2016
segunda-feira, 12 de setembro de 2016
A Trama da Rede
A TRAMA DA REDE
Carlos Rodrigues Brandão
I
Essa é a trama da rede:
o tecido das trocas que fabricam
o pano de uma rede de dormir
enreda o corpo do homem na tarefa
de criar na máquina a rede com a mão.
A armadilha do trabalho em casa alheia
engole o homem e enovela todo o corpo
no fio no fuso na roda na teia
do maquinário da manufatura
que produz o seu produto: a rede
e reduz o corpo-operário à produção.
[...]
III
O corpo-bailarino que transforma
a coisa bruta em objeto
(a fibra em fio e o fio em pano)
e o objeto na mercadoria
(o pano pronto na rede e sua valia)
transforma o corpo do homem operário
em outro puro objeto de trabalho
pronta a fazer e refazer no fuso
aquilo de que a fábrica faz sua riqueza
de que, quem faz não se apropria.
[...]
VII
Sob a trama do trabalho em tear alheio
o corpo não possui seu próprio tempo
e é inútil que lhe bata um coração.
O relógio interior do operário
é o que existe na oficina, fora dele,
de onde controla o tear e o tecelão.
VIII
De longe o dono zela por quem faz:
pela força do homem que trabalha,
não pela vida do trabalhador.
Aqui não há lugar para o repouso
ainda que o produto do trabalho
seja uma rede de pano, de dormir
e que comprada serve ao sono e ao amor.
IX
Durante a flor da vida inteira
fazendo a mesma coisa e refazendo
uma operação simples de memória
o operário condena o próprio corpo
a ser tão automático e eficaz
que domine o gesto que o destrói.
A reprodução contínua, diária, igual
de um mesmo gesto repetido e limitado
todos os dias, sobre os mesmos passos,
ensina ao artesão regras de maestria
do trabalho que afinal então domina
através de saber sua ciência
com a sabedoria do corpo massacrado.
[...]
XI
Quem fia e enfia?
Quem carda e corta?
Quem tece e trança?
Quem toca e torce?
A moça o menino.
A velha o homem.
Eles são, artistas,
parte do trabalho coletivo
que faz a trama da rede
e a rede pronta:
o objeto bonito do descanso
que inventa a necessidade
da servidão do trabalho
do corpo produtivo.
XII
A dança ritmada desse corpo
de bailarino-operário de um ofício
de que o produto feito não é seu,
cria o servo de quem lhe paga aos sábados
Para o que sobra da vida de trabalho
do corpo de quem fez e não viveu.
O trabalho-pago, alheio e sempre o mesmo
obrigando o operário bailarino
à rotina de fazer sem possuir
torna-o, artista, servo do ardil
de entretecer panos e redes sem criar
e recriar-se servo sem saber.
[...]
XIV
Não conhece descanso o corpo na oficina.
Ele é parte das máquinas que move
e que movidas não sabem mais parar.
Os pés descalços prologam pedais
os braços são como alavancas
e as mão estendem pontas de um fio
que existe no fuso e no tear.
O trabalho do corpo é o objeto
que o homem vende ao dono todo o dia.
O corpo-livre pertence ao maquinário
que o homem converte no operário
de que retira o preço do sustento:
a comida a cama a casa o agasalho
o que mantém vivo o corpo e o seu trabalho.
sábado, 10 de setembro de 2016
Sistemas de Governo
Sistemas de governo
Monarquia
Monarquia é um sistema de governo em que o monarca, imperador ou rei, governa um país como chefe de Estado. O governo é vitalício, ou seja, até morrer ou abdicar e a transmissão de poder ocorre de forma hereditária (de pai para filho), portanto não há eleições para a escolha de um monarca.
Este sistema de governo foi muito comum em países da Europa durante a Idade Média e Moderna. Neste último caso, os monarcas governavam sem limites de poder. A monarquia ficou conhecida como absolutismo. Com Revolução Francesa (1789), este sistema de governo entrou em decadência, sendo substituído pela República, na grande maioria dos países.
Hoje em dia, poucos países utilizam este sistema de governo e, os que ainda o usam , conferem poucos poderes nas mãos do rei. Neste sentido, podemos citar as Monarquias Constitucionais do Reino Unido, Austrália, Noruega, Suécia, Canadá, Japão e Dinamarca. Nestes países, o rei possui poderes limitados e representa o país como uma figura decorativa e clássica.
O período monárquico no Brasil ocorreu entre os anos de 1822 e 1889, com os reinados de D. Pedro I e D. Pedro II.
Parlamentarismo
Parlamento Português
O Parlamentarismo é um sistema de governo em que o poder legislativo (parlamento) proporciona a sustentação política (apoio direito ou indireto) para o poder executivo. Sendo assim, o poder executivo necessita do poder do parlamento para ser constituído e também para governar. No parlamentarismo, o poder executivo é, na maioria das vezes, exercido por um primeiro-ministro (chanceler).
O sistema parlamentarista pode se apresentar de duas maneiras:
- Na República Parlamentarista, o chefe de estado (com poder de governo) é um presidente eleito pelo povo e empossado pelo parlamento, por tempo determinado.
- Nas Monarquias parlamentaristas, o chefe de governo é o monarca (rei ou imperador), que assume de forma hereditária. Neste último caso, o chefe de estado (quem governa de fato) é um primeiro-ministro, também chamado de chanceler.
O parlamentarismo tem sua origem na Inglaterra Medieval. No final do século XIII, nobres ingleses passaram a exigir maior participação política no governo, comandado por um monarca. Em 1295, o rei Eduardo I tornou oficiais as assembléias dos representantes dos nobres. Nascia assim, o parlamentarismo inglês.
Países parlamentaristas na atualidade: Canadá, Inglaterra, Suécia, Itália, Alemanha, Portugal, Holanda, Noruega, Finlândia, Islândia, Bélgica, Armênia, Espanha, Japão, Austrália, Índia, Tailândia, República Popular da China, Grécia, Estônia, Egito, Israel, Polônia, Sérvia e Turquia.
O sistema parlamentarista é um sistema mais flexível que o presidencialista, pois em caso de crise política, por exemplo, o primeiro-ministro pode ser substituído com rapidez e o parlamento pode ser derrubado o que no caso do presidencialismo, o presidente cumpre seu mandato até o fim, mesmo em casos de crises políticas.
Presidencialismo
O presidencialismo é um sistema de governo no qual o presidente é o Chefe de Estado e de Governo. Este presidente é o responsável pela escolha dos ministros que o auxiliam no governo.
No sistema de presidencialismo, o presidente exerce o poder executivo, enquanto os outros dois poderes, legislativo e judiciário, possuem autonomia.
O Brasil é uma República Presidencialista deste 15 de novembro de 1889, quando ocorreu a Proclamação da República.
No sistema de presidencialismo, o presidente exerce o poder executivo, enquanto os outros dois poderes, legislativo e judiciário, possuem autonomia.
O Brasil é uma República Presidencialista deste 15 de novembro de 1889, quando ocorreu a Proclamação da República.
No Brasil o sistema parlamentarista existiu entre 7 de setembro de 1961 e 24 de janeiro de 1963, durante o governo do presidente João Goulart.
Regime/Ditadura Militar
A Ditadura Militar é uma forma de governo no qual o poder político é efetivamente controlado por militares governaram o país, suprimindo direitos civis e reprimindo os que são contra este regime de governo. Este regime pode ser oficial ou não, ou misto onde os militares exercem forte influência sem ser o dominante.
Na sua grande maioria os regimes militares são constituídos após um golpe de Estado derrubando o governo anterior.
No Brasil o regime militar existiu entre os anos de 1964 a 1985. Caracterizando-se pela falta de democracia, supressão de direitos constitucionais, censura, perseguição política e repressão aos que eram contrários ao regime militar.
Fonte: http://www.sohistoria.com.br/ef2/sistemasgoverno/
Fonte: http://www.sohistoria.com.br/ef2/sistemasgoverno/
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