Mostrando postagens com marcador ACO; Administração; Faculdade; Direito. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador ACO; Administração; Faculdade; Direito. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 3 de abril de 2018

Significado de Trade-off


O que é Trade-off
Trade-off ou tradeoff é uma expressão em inglês que significa o ato de escolher uma coisa em detrimento de outra e muitas vezes é traduzida como "perde-e-ganha".
trade-off implica um conflito de escolha e uma consequente relação de compromisso, porque a escolha de uma coisa em relação à outra, implica não usufruir dos benefícios da coisa que não é escolhida. Isso implica que para que aconteça o trade-off, elemento que faz a escolha deve conhecer os lados positivos e negativos das suas oportunidades.
Estamos perante um cenário de trade-off quando é preciso sacrificar alguma coisa para obter um bem maior, o que muitas vezes causa um tipo de dilema.
Um trade-off pode ocorrem em várias situações da vida. Por exemplo, um carro que é mais pesado tem mais estabilidade e segurança, mas em princípio perde velocidade e consome mais combustível. Assim, um aspecto positivo é perdido, mas outros são adquiridos. O mesmo acontece no caso do atletismo, porque se um atleta escolhe correr a maratona, ele não terá sucesso se quiser competir nos 100 metros, porque a sua estrutura fisiológica estará adaptada para participar na maratona. Neste último caso, o atleta decide trocar os 100 metros pela maratona.
Trade-off na Economia
No âmbito da economia, a expressão trade-off é muitas vezes descrita como custo de oportunidade, pois representa o que uma pessoa deixa de usufruir de uma coisa por ter escolhido outra.
Um tema relacionado com isto é a Curva de Phillips, que indica que algumas políticas econômicas de diminuir a taxa de desemprego implicaria um aumento da taxa de inflação.
Trade-off na Logística
Na logística, um trade-off implica um custo para uma determinada empresa, porque tem que investir para melhorar vários aspectos do negócio (como equipamentos, formação de trabalhadores, melhorar as estruturas e os transportes, etc.). Apesar disso, esse trade-off vai compensar no médio e longo prazo, porque vai possibilitar o crescimento da organização e o aumento da sua lucratividade.


Fonte: Significados.com

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

David Garvin – As oito dimensões da Qualidade _ Parte 1

image02

“If quality is to be managed, it must first be understood.”
David Garvin
Introdução
Toda empresa se compromete explicitamente com a Satisfação do Cliente e faz esforços honestos para atingir esta meta. Contudo, constitui-se como um grande desafio compreender quais requisitos de satisfação definiriam o que o Cliente entende por Qualidade.
Qualidade é um conceito complexo, multifacetado e, num mundo dinâmico e competitivo, permanece um formidável desafio estabelecer e comunicar uma definição de Qualidade que garanta a satisfação de seu Cliente.
No dia a dia, acontece um debate infindável entre as diversas funções internas das empresas sobre o que é e como fazer Qualidade, com avanços e recuos regulares, mas sem progresso efetivo. Por isso torna-se vital uma compreensão abrangente e ao mesmo tempo detalhada da Qualidade para viabilizar planejamento e gestão adequados à obtenção da Satisfação do Cliente, equacionando igualmente as técnicas e econômicas presentes.
Uma formidável contribuição foi dada por David A. Garvin que em 1984 publicou no MIT Sloan Management Review, o artigo “O que significa realmente Qualidade do Produto?” lançando o que compõe as bases da Gestão Estratégica da Qualidade: as Cinco Abordagens da Qualidade e as Oito Dimensões da Qualidade.
Inicialmente ele observou que, apesar da evolução histórica do conceito de Qualidade ao longo do século XX, ainda se pode constatar que em uma empresa convivem técnicas e atividades típicas das fases evolutivas da Qualidade: Inspeção; Controle Estatístico da Qualidade; Garantia da Qualidade e Gestão Estratégica da Qualidade.
Além disso, dependendo do perfil da empresa e de seu ambiente de negócios, existe um conjunto de visões e interesses que tornam muito difícil tratar a questão através das abordagens clássicas, que possuem um foco único e sempre competiram entre si pela supremacia como orientador dos esforços.
Abordagens da Qualidade
Embora o foco no Cliente seja um traço comum entre todas as abordagens, Garvin reconheceu que esta concorrência entre visões era um obstáculo ao entendimento da situação atual e então propôs uma visão ampla e inclusiva, considerando cinco abordagens principais:
  1. Transcendental: qualidade é uma “excelência inata” que só pode ser reconhecida pelo Cliente através de sua própria experiência o produto.
  2. Centrada no produto: qualidade é uma variável mensurável e precisa que pode ser encontrada no conjunto das características e atributos de um produto.
  3. Centrada no valor: qualidade é função do nível de conformidade do produto a um custo aceitável. Isso vincula as necessidades do consumidor aos requisitos da fabricação.
  4. Centrada na fabricação: qualidade depende da conformidade com os requisitos, conforme estabelecidos pelo projeto do produto.
  5. Centrada no cliente: qualidade está definida pelo atendimento às necessidades e conveniências do cliente. Este enfoque é subjetivo pois as preferências do cliente variam.
Garvin entende que, ao invés do uso de uma abordagem em detrimento da outra, é fundamental a coexistência dessas diferentes definições para garantir o sucesso dos produtos. A predominância de um ângulo único iria certamente ignorar as expectativas e necessidades do Cliente e de outras partes interessadas. Ao contrário, a interação e o choque entre essas múltiplas perspectivas assegura a plena compreensão da Qualidade ao longo do ciclo de vida do produto.
Um exemplo dessa convivência é o próprio processo de introdução de um novo produto, no qual os requisitos do que é Qualidade devem ser definidos pelo Cliente através da identificação e entendimento de suas expectativas e, logo, traduzidos em atributos identificáveis do produto (Centrada no Produto) para viabilizar a organização e implantação do processo produtivo. Isso possibilitará então a definição de parâmetros que serão controlados ao longo do processo produtivo (Centrada na Fabricação).
Eventualmente haverá um choque entre os requisitos levantados e o preço de mercado, assim obrigando uma revisão dessa cadeia (Centrada no Valor). Em síntese, um processo que não aborde todos os ângulos da Qualidade não terá chance de satisfazer ao Cliente e abrirá lacunas potenciais para ação de concorrentes.
image00
Faz-se necessário que as empresas aprendam a gerenciar a abordagem da Qualidade, mudando conforme passamos da fase de projeto à fase de produção ou à operação e desta para a fase de mercado ou de entrega regular. Deste modo, garantindo a efetiva possibilidade de que estas definições convivam e abram um importante campo de análise e discussão interna sobre o significado de Qualidade em cada etapa.
As Oito Dimensões da Qualidade
Garvin disse que “se a Qualidade deve ser gerenciada, deve ser primeiro compreendida”. Aceitando a premissa essencial dessas múltiplas abordagens devemos dar um passo à frente e construir sobre essa base uma estrutura analítica que direcione as atividades.
Lembrando que cabe ao Cliente definir o significado de Qualidade, baseado em suas necessidades, expectativas e preferências. Ou seja, fica estabelecido o conceito de que a Qualidade do Produto depende da percepção do Cliente e de que essa avaliação pessoal influenciará a escolha do fornecedor, bem como sua disposição para novas compras e sua avaliação dessa experiência.
Isto se sobrepõem a eventuais requisitos técnicos e normativos que serão sempre atendidos pelos fornecedores e por tanto não são questionáveis.
Torna-se então necessário criar uma estrutura para Qualidade que cubra essas diferentes abordagens e que ainda não somente permita um estudo analítico que identifique os requisitos do Cliente desde o início do desenvolvimento do produto como também seja capaz de manter essa informação ao longo do ciclo de vida do produto até etapas de melhoria.
Isso garantirá uma gestão apropriada da Qualidade tanto do ponto de vista das funções internas da empresa, bem como de lucratividade do produto.
Devemos atentar que não se propõe uma “ditadura” do Cliente ou que o Cliente seja atendido em absolutamente todos os seus desejos. Mas sim, que a empresa esteja consciente destas expectativas e tome decisões conscientes, equilibrando as diversas perspectivas mas com foco no Cliente.
Em 1987, David A. Garvin publicou na Harvard Business Review seu famoso artigo “Competindo nas Oito Dimensões da Qualidade” onde propôs detalhadamente um novo modelo para Qualidade: a Gestão Estratégica da Qualidade, tornando-se o mais recente Guru da Qualidade.
Foi nesta publicação em que ele fez a primeira apresentação das Oito Dimensões, uma estrutura conceitual para a reflexão do que seria a Qualidade de um produto.
Cada dimensão é autossuficiente e distinta, englobando certos atributos de um produto conforme um critério de classificação. Certas dimensões serão mais importantes que outras e até mesmo irrelevantes, conforme o produto em questão. Juntas elas cobrem uma gama completa de requisitos e expectativas para a Qualidade do produto. Alguns componentes são concretos e mensuráveis, enquanto outros são subjetivos e dependem do Cliente como indivíduo.
As Oito Dimensões da Qualidade, conforme definição inicial, são:
  1. Desempenho: trata dos atributos básicos de um produto, seu funcionamento
  2. Características: compreende aspectos secundários, complementares ao essencial.
  3. Conformidade: reflete o grau em que as características do produto atendem padrões formais.
  4. Confiabilidade: trata da probabilidade de mau funcionamento do produto.
  5. Durabilidade: expressa a vida útil de um produto.
  6. Atendimento: compreende os fatores que podem afetar a percepção do cliente.
  7. Estética: é a aparência de um produto, o sentimento ou sensação que ele provoca.
  8. Qualidade Percebida: é a transferência da “reputação” do fornecedor ao produto.
Passados quase 30 anos, continua essencial ter esse quadro de referência para a Qualidade, como proposto por Garvin, de modo a permitir o seu planejamento e gestão. Entretanto está evidente que ocorreram mudanças dramáticas nos mercados e no mundo dos negócios, as quais devem ser consideradas.
Um exemplo simples é evolução da Tecnologia de Informação que impactou fortemente o cenário das relações comerciais. Outro ponto que se destaca nesse contexto é a evolução da indústria de Serviços. A antiga distinção entre bens e serviços perdeu completamente o sentido. Hoje em dia raramente existe um bem a ser vendido sem nenhum serviço agregado e muito frequentemente serviços entregam também bens. Chegamos ao ponto onde em muitos casos não é evidente se estamos vendendo um bem ou um serviço e essa própria discussão perde sentido.
Entretanto não só as “Oito Dimensões da Qualidade” de Garvin continuam plenamente válidas e aplicáveis como a existência de uma visão multifacetada e abrangente parece ser a única alternativa capaz de racionalizar uma realidade tão complexa e dinâmica.

Fonte: https://qualityway.wordpress.com/2015/08/18/david-a-garvin-e-as-oito-dimensoes-da-qualidade-por-gregorio-suarez-parte-1/

domingo, 30 de agosto de 2015

Gabarito do curso de Argumentação Jurídica – Curso Livre de Direito da FGV-OnLine

1. No Mundo contemporâneo, o argumento se apresenta como a principal forma de interação social nas diversas situações em que os indivíduos se encontram. Nesse contexto, podemos afirmar que ganha destaque o argumento..
  • Resposta: mais persuasivo.
2. No âmbito do direito, algumas instituições foram elevadas ao papel de defensoras da sociedade, com especial destaque para o Ministério Público - MP - e a Defensoria Pública isso levo à juridicização da política e das relações sociais.Podemos afirmar, portanto, que a juridicização está relacionada...
  • Resposta: a conflitos que não são levados ao Judiciário, mas que são discutidos sob o ponto de vista jurídico, principalmente em momentos pré-processuais.
3. Há algum tempo, buscamo-nos afastar da ideia de realidade compreensível e adotar a ideia de construções dialógicas a partir das quais se pactuam alguns consensos entre os indivíduos. Nesse contexto, o elemento primordial para o sucesso do argumento é a...
  • Resposta: Comunicação.
4. A argumentação é elemento essencial para o alcance do resultado.No entanto, podemos afirmar que a argumentação NÃO está relacionada...
  • Resposta: à imposição de uma decisão ou de uma idéia.
5. Em uma chave antropológica, Ricardo Teixeira faz referência à palabra – palavra africana da África pré-colonial tem como origem a ideia de prática no parlamento – para situar um modo de sociabilidade argumentativo. Entre os elementos relacionados à ideia de palabre, NÃO podemos incluir...
  • Resposta: o pressuposto de que o direito existe para se realizar.
6. A juridicização desenvolvida pelas demais instituições jurídicas desempenha papel fundamental pelo menos em cinco dimensões. Entre essas dimensões, NÃO podemos considerar...
  • Resposta: a ênfase da ideia de consenso por meio de uma sentença, colocando, em segundo plano, o diálogo e o processo de negociação e concessão recíproca entre os diversos atores.
7. Algumas características presentes nos processos argumentativos, que são absolutamente relevantes para o direito. Ao reconhecermos a inexistência de verdade universal, também reconhecemos que não há alguém possuidor ou revelador tal verdade. Desse modo, a argumentação jurídica permite uma maior horizontalização do processo de construção de consensos e de adesão dos interlocutores. Esse caso se refere à seguinte característica no processo argumentativo...
  • Resposta: valorização do diálogo.
8. Diariamente, os indivíduos travam relações em contextos argumentativos dos mais variados no tempo e no espaço. Os argumentos permitem discutir as condições de possibilidade de emergência de um conhecimento que receberá a adesão dos indivíduos. Tais condições revelam os âmbitos possíveis de aplicação dos argumentos, os quais NÃO devem ser...
  • Resposta: constituídos de verdades fixas e imutáveis.
9. A argumentação torna-se bastante relevante em casos e fenômenos sociais complexos, uma vez que leva em conta as gradações, os liames, os interstícios, a complexidade, as peculiaridades e especificidades do mundo real. Nesse sentido, a argumentação ganha espaço diante da...
  • Resposta: lógica binária do direito, que classifica as situações em sim e não, certo e errado, lícito e ilítico.
10. No campo do Direito, o debate sobre a argumentação também está presente. Entretanto, a argumentação jurídica não se reduz à mera argumentação sobre o Direito, assim como não se desenvolve exclusivamente por juristas. Isso deve ao fato de...
  • Resposta: alguns temas discutidos no mundo do Direito não serem exclusivamente jurídicos.