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sexta-feira, 6 de abril de 2018

O crescimento da JSL nos Ultimos Anos

De pai para filho: a trajetória bilionária da maior operadora logística do Brasil
Alex Ricciardi 

São muitos os grupos empresariais brasileiros fundados, várias décadas atrás, por imigrantes que chegaram ao país em condição de pobreza. Todos labutavam dia e noite durante os primeiros anos da empresa, e não raro viviam de forma tão austera que prejudicavam a própria saúde; a prioridade, afinal, era investir no negócio, não em si mesmos. Seus descendentes geralmente herdaram o apego ao trabalho, e bem cedo em suas vidas, já davam expediente na companhia familiar. Triunfaram: hoje, os filhos e netos de tais pioneiros lideram as grandes corporações surgidas assim, e mantêm a ênfase no esforço pessoal como motor do êxito. Não se trata de um relato hipotético: este é um resumo exato, embora genérico, de como foi construída a maior companhia de logística do Brasil e de toda a América Latina — a JSL, anteriormente chamada Julio Simões Logística e, ainda antes, Transportadora Julio Simões.

“Meu pai, nos primórdios do grupo, trabalhava de forma incansável e se alimentava pouco; por isso, contraiu tuberculose. Conseguiu se curar, casou-se, teve filhos, mas as privações que enfrentou deixaram marcas: veio uma segunda tuberculose.” É com essas palavras que Fernando Antonio Simões se lembra de Julio Simões, fundador da JSL. “Ele foi meu maior ídolo. Eu não comecei a trabalhar aqui, aos 14 anos, porque gostava da empresa. Eu comecei a trabalhar porque gostava do meu pai. Estar na empresa era uma maneira de estar perto dele. Só algum tempo depois é que a satisfação em fazer o que faço surgiu — e permanece até hoje.” Fernando preside o grupo. Ele é o caçula dos seis filhos biológicos de Julio. Tem 48 anos.

O pai desembarcou em Santos (SP) em 1952 vindo de uma pequena aldeia no centro-norte de Portugal, Ribeira de Alcalamouque, onde era agricultor. Sua intenção: ingressar na empresa de transporte coletivo que seu tio, Arthur, possuía no Brasil. Logo Julio Simões passou a trabalhar como mascate, vendendo roupas pelo interior de São Paulo e do Paraná e, aos poucos, foi comprando caminhões usados para a condução de cargas (no começo, principalmente hortifrutigranjeiros). Em 1956 abriu sua transportadora. Seu maior cliente então era Leon Feffer, proprietário da Suzano Papel e Celulose, que, por sinal, até hoje usa os serviços da JSL.

Durante a década de 1970, a companhia se voltou ao transporte de ferro e aço — hoje, a mineradora Vale é seu maior cliente individual. Por essa época Simões iniciou o preparo dos filhos para que o sucedessem. Em 1981, Fernando começou a trabalhar no grupo. Passou por diversos setores da empresa e, em 1986, tornou-se diretor operacional. Dois anos depois assumiu a área comercial, que na época abrigava cerca de 300 funcionários, 120 caminhões e 16 filiais. No início da década de 1990 já dividia com o pai a gestão da companhia e conduzia uma intensa diversificação de suas atividades. Em 2009 tornou-se presidente e, em 2010, Fernando liderou a abertura de capital e a mudança da marca para JSL S.A. Em 2012 Julio Simões faleceu em Mogi das Cruzes (SP), onde residia, aos 84 anos. Motivo: complicações cardiorrespiratórias. Até o fim, as sequelas deixadas pela vida dura que levou se fizeram presentes.

Seu filho atualmente comanda uma companhia bem diferente da que ele fundou. “Temos grande orgulho em fazer transporte de cargas, surgimos atuando nisso, mas essa é uma atividade hoje minoritária de nosso portfólio. Corresponde a 8% da receita”, diz Fernando. E qual o principal negócio da JSL, então? “Serviços dedicados. Cerca de 80% de nosso faturamento vem deles.” Trata-se, explica, de operações customizadas segundo as necessidades de cada empresa e que raramente envolvem longas distâncias a serem percorridas. A companhia, por exemplo, é responsável por levar autopeças e matérias-primas para várias das maiores montadoras instaladas no Brasil. Também cuida de tudo que se refira à movimentação extramuros das fábricas de seus clientes. Transporta trabalhadores para canteiros de obras, e até mesmo conduz médicos e enfermeiras à casa de pacientes. Ações assim, muito mais complexas do que carregar volumes de um ponto A para um ponto B, são hoje o principal pilar da corporação.

Mas há mais. Adquirida no final de 2013 por R$ 65 milhões, a Movida Rent a Car, que faz locação de veículos, parece ser a atual menina dos olhos do CEO da JSL. “Quando a compramos, a Movida tinha 26 lojas e 2.350 veículos. Agora possui mais de 120 lojas e 28 mil automóveis. Colocamos ali a cultura JSL de servir, e o retorno foi extraordinário. Trata-se de uma unidade com enorme potencial de expansão”, diz ele. A Movida cresceu impressionantes 288% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Fernando também ressalta que o grupo é o maior revendedor de caminhões da marca MAN no país e conta com um braço voltado à disputa de concessões públicas, a CS Brasil, dentre várias outras subsidiárias. A empresa atua em mais de 16 setores da economia e obteve, nos seis primeiros meses de 2015, um lucro líquido de R$ 37 milhões, o que representa uma alta de 10,8% na comparação anual, impulsionada por um maior faturamento e uma melhora em sua rentabilidade. “Prevemos que neste ano, mesmo com a crise, cresceremos entre 12 e 16%”, revela ele.

Trata-se de um homem magro, bastante afável. O executivo recebeu FORBES Brasil no escritório que mantém na capital paulista, mas a sede da empresa fica em Mogi das Cruzes, onde a JSL surgiu. É católico: tem uma imagem de Nossa Senhora de Fátima em sua sala. Conta que seu maior prazer é estar junto da família e fala com carinho de sua mãe, Elvira Benedicta Simões. “Foi graças à harmonia que ela sempre manteve em nossa família que meu pai pôde se dedicar tanto aos negócios”, recordou-se. É também uma pessoa discreta, que prefere resguardar a vida pessoal.

A área de logística, nacional e internacional, é seu objeto de trabalho e estudo. “Já descobri coisas curiosas pesquisando”, diz ele. “Nos Estados Unidos existe uma grande transportadora, a Werner, cujo fundador abriu o negócio no mesmo ano em que meu pai criou sua empresa, e com um caminhão só um ano mais velho que nosso primeiro veículo! E eles também atuam hoje principalmente com serviços dedicados. Já
os visitei. Estou sempre atento à concorrência e, sobretudo, à satisfação dos usuários.” Por sinal, a carteira de clientes da empresa é fortemente pulverizada, uma tática de resistência a crises. “Hoje o setor automotivo não vai bem, mas o alimentício, por exemplo, vai. Atendemos ambos, a fraqueza de um é compensada pelo vigor de outro. No futuro essa correlação de forças pode ser inversa — e também estaremos preparados para isso.”

VEJA TAMBÉM: “Águas claras só em 2018″, afirma presidente do Grupo Boticário

Aliás, em se tratando de futuro, ele crava: “As empresas querem ficar cada vez mais leves, é o que percebo. Vejo companhias que nunca pensaram em ter uma frota terceirizada me chamarem para propor a venda de seus carros e caminhões. Depois, elas alugam esses mesmos veículos de nós. Com isso, ganham mais tempo para se dedicar ao centro de seu negócio, ao seu core business. A logística a gente faz”. A idade média dos caminhões da organização é de dois anos. Quando alguma unidade ultrapassa tal marca, é revendida para um caminhoneiro autônomo. A empresa é, enfim, um grande case de sucesso — embora Fernando não goste de tal palavra.

“Eu não acredito muito no conceito de sucesso. Quem se acha um empresário de sucesso corre o risco de acomodar-se, parar no tempo. Eu prefiro pensar em termos de momentos de felicidade”, explica ele. “Nós da JSL temos vivido vários desses momentos. Este ano será o primeiro em que enfrentaremos um perío­­do difícil na economia brasileira desde que abrimos o capital, em abril de 2010. Mas tudo bem, também somos capazes de prosperar em épocas difíceis.”

Por sinal, questionado acerca do futuro do país, ele se mostra realista — porém, esperançoso: “O desempenho econômico de 2015 já está dado, não há muito o que fazer a respeito. Se as reformas necessárias forem levadas adiante pelo governo, por outro lado, podemos ter um 2016 melhor e um 2017 ainda melhor. Seguin­­do neste ritmo, talvez cheguemos a 2018 em outras condições, bastante favoráveis. Vamos ver”. E ele arremata: “Uma coisa
é a política, outra é a vida real do país. O Brasil tem uma capacidade extraordinária de se recuperar de baques por meio do trabalho. Eu apostaria fortemente nisso”. O legado de Julio Simões ainda ecoa em seus descendentes. Cada vez mais forte.

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INÍCIONEGÓCIOSCloud computing torna-se predominante na tecnologia da informação
Cloud computing torna-se predominante na tecnologia da informação
Alex Ricciardi 
17 de dezembro de 2015 Negócios
 Getty Images
Getty Images
Até alguns anos atrás, tratava-se de uma tendência; agora, não. Isto porque hoje, quando o assunto é computação em nuvem, não se está falando sobre algo que tende a acontecer, mas sim sobre o presente do setor nacional de tecnologia da informação (TI). As empresas brasileiras aderiram, em grande número, à prática. O chamado cloud computing consiste no uso da memória e da capacidade de processamento de computadores e servidores remotos, via internet, por empresas e indivíduos. E não se trata de nuvem passageira, pois há vantagens evidentes no processo: com ele, economiza-se equipamentos, espaço físico e mão-de-obra. A companhia fica ainda liberada para focar esforços em sua atividade-fim, e não em TI. Mas há também, ao menos, uma desvantagem: o risco de que informações, senhas e até mesmo capital sejam acessados (e roubados). Em resposta, o investimento em segurança de dados vem crescendo; na verdade, isto sim é que pode ser chamado de uma tendência do setor.


“A computação em nuvem, hoje, é uma sólida realidade da TI brasileira. É algo que faz sentido para as empresas, tanto em termos de contenção de custos quanto na otimização de operações. Em síntese, gasta-se menos e sente-se o trabalho render mais ao aderir ao cloud computing”, afirma Maurício Cascão, CEO da Mandic Cloud Solutions. A empresa, fundada por Aleksandar Mandić, nome emblemático da internet brasileira, foi uma das primeiras do país a se dedicar à prática. Já em 2002 ela fornecia um email personalizado que podia ser acessado de qualquer local. De lá para cá a companhia mergulhou fundo no cloud computing — com êxito, frisa Cascão. Tanto que foi comprada em 2012 pelo fundo de investimento Riverwood Capital por R$ 100 milhões e recebeu, no ano seguinte, um aporte da Intel Capital, tornando-se com isso uma das maiores organizações brasileiras do setor de tecnologia da informação.

Mas o fato é que, se os dados estão em bancos de memória localizados fora das instalações da corporação, há um risco maior de que sejam acessados por hackers interessados em capturar e vender informações a quem queira pagar por elas. As empresas que operam no país estão protegidas contra isso? “O Brasil situa-se na vanguarda no que tange à segurança de dados, não deixando nada a desejar em relação a quaisquer outros países”, acredita Gil Torquato, CEO do UOL Diveo, que oferece soluções em outsourcing (terceirização) de TI. “Além dos recursos oferecidos por grandes grupos especializados no segmento, acrescentamos aqui medidas adicionais que tornam as soluções aplicadas localmente bastante avançadas.” Alguns exemplos: apenas o UOL Diveo, conta ele, monitora mais de dois bilhões de eventos de segurança correlacionados em tempo real; bloqueia diariamente 300 milhões de spams e phishings (tentativas de fraude); e tem mais de 14 mil firewalls (bloqueios de segurança) sob sua gerência.

Para tanto, a organização conta com uma das maiores infraestruturas de data center do Brasil. Mas, antes de prosseguir, convém perguntar: como a indústria local de tecnologia da informação vem se saindo em 2015, um ano sabidamente difícil? A resposta: bem melhor que quase todo o restante da economia. “Seguimos com alta demanda por profissionais. Épocas de adversidade trazem a busca por maior eficiência, e nosso negócio é justamente este. Em suma, o setor de TI se expande mesmo em momentos de crise”, garante Cristina Palmaka, CEO da SAP Brasil. “Acredito, portanto, que temos muito a contribuir para a volta do crescimento. Várias empresas vêm aproveitando esse ano para investir em TI. Querem estar melhor preparadas para a futura retomada da economia. Então, há muitas chances para organizações como a SAP.”

O setor nacional de tecnologia da informação não é uma indústria pequena. Pelo contrário: segundo a consultoria IDC, somos hoje o quinto maior mercado de TIC (tecnologia da informação mais comunicação) do planeta. Em todo o mundo a atividade movimentou cerca de US$ 3,8 trilhões em 2014. “Os cinco maiores mercados em TIC são, pela ordem, Estados Unidos, China, Japão, Reino Unido e Brasil. O sexto é a Alemanha”, revela Renato Rosa, analista de Pesquisa e Consultoria na IDC. No Brasil, no ano passado, o setor gerou US$ 158 bilhões. Neste ano a previsão é que gere US$ 165,6 bilhões. Rodrigo Dienstmann, presidente no Brasil da fabricante de equipamentos de rede Cisco Systems, pondera: “O mercado digital tem um aspecto contra-cíclico interessante. Na medida em que os governos e as empresas buscam mais eficiência, procurando produzir mais com um orçamento menor, a tecnologia passa a ser uma chave. Ela permite otimizar processos, reduzir gastos, ampliar ofertas e melhorar a qualidade de produtos e serviços. A tecnologia é um dos pilares do aumento da produtividade em um país e, nesse momento, sua adoção entre nós é ainda mais imprescindível”.

Se estamos falando de computação, estamos falando de capacidade de processamento de dados. Nada melhor, portanto, do que consultar a maior fabricante de processadores do mundo, a Intel, e sua histórica concorrente, a AMD. Ambas operam no país. “A Intel lançou em 2015 a 5ª geração da família de processadores Intel Core, entregando mais desempenho com menor consumo de energia. A 5ª geração é a primeira com a arquitetura de 14 nanômetros, e apresenta 2,5 vezes mais desempenho em relação a um processador lançado há quatro anos. Isso se traduz em dispositivos com mais do que o dobro do tempo de duração de bateria e oito vezes o desempenho em vídeo”, conta David González, diretor-geral da companhia no Brasil. Quanto a nosso mercado de TI, ele observa: “A falta de mão-de-obra pode se tornar um problema por aqui. Mas não considero que o Brasil esteja em desvantagem comparado a outros mercados emergentes. Se a indústria local caminhar no sentido da transformação dos setores de saúde e educação, e paralelamente se mantiver forte nos demais segmentos, creio que exista potencial para um crescimento na casa dos dois dígitos em nossa TI neste ano”.

Roberto Brandão, diretor-geral da AMD para o Brasil, segue a mesma linha. “O mercado local passa por uma transição bastante interessante”, observa. “No passado, o brasileiro tinha o hábito de comprar muitos PCs de baixo custo, com pouco valor agregado. Agora, adquirem um número menor de máquinas, mas de maior valor agregado e qualidade.” Brandão conta que, para a AMD, os consumidores domésticos e as pequenas empresas são a maior parte dos clientes no Brasil. Indústria e comércio compõem a demanda por máquinas de alto valor agregado, como estações de trabalho e servidores. E o governo (federal, estaduais e municipais) também contribui com uma boa fatia da procura por TI no país.

Mas, voltando ao tema da segurança de dados, o que todos estes atores precisam fazer para torná-la cada vez mais efetiva? “Eu vejo a segurança hoje nas pautas prioritárias de todos os países e empresas, principalmente após os vazamentos recentes de informação mundo afora, que impactaram nações, companhias e cidadãos”, responde Maurício de Paula, consultor da Teradata, uma agência de pesquisa e desenvolvimento do setor. “O fato é que a segurança está diretamente ligada às pessoas. E este é o elo fraco da corrente. Alguém tem a senha e a guarda de forma insegura, alguém esqueceu de mudar uma configuração padrão do sistema, e pronto — uma brecha de segurança foi aberta e é explorada por indivíduos mal-intencionados. Os colaboradores precisam ter clareza acerca de suas responsabilidades e dos impactos que a falta de segurança no universo informacional acarreta.”

Jun Endo, presidente no Brasil da Avanade, uma provedora global de eficiência em tecnologia da informação, afirma que, no passado, havia dúvidas em relação à segurança no ambiente digital, principalmente quando relacionada à cloud computing. “Hoje, porém, a computação em nuvem, que é cada vez mais adotada por empresas no mundo inteiro, já está consolidada e possui um alto nível de proteção às informações que transitam neste ambiente, tanto no Brasil quanto no resto do mundo”, diz.

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E já que o assunto é tecnologia nada mais conveniente do que falar sobre o futuro. No caso, o futuro da TI. Um bom palpite a respeito quem traz é Marcelo Porto, presidente da IBM Brasil. “A grande novidade para esse ano e para os próximos são os sistemas e serviços que usam computação cognitiva. Esses sistemas na nuvem aprendem de uma forma muito semelhante a do ser humano, via compreensão da linguagem natural, gerando hipóteses baseadas em evidências e dando respostas de caráter probabilístico”, explica. “Eles assimilam dados continuamente, crescendo em valor e conhecimento ao longo do tempo a partir de suas interações com o entorno. Quanto mais velhos, mais eficientes e valiosos. Podem extrair informações importantes de um vasto conjunto de dados, com inúmeras possibilidades combinatórias, e que exigiriam um tempo muito longo para serem analisados com os métodos tradicionais de tratamento da informação”. Porto observa que a IBM possui seu próprio sistema cognitivo na nuvem, o Watson. O produto é muito empregado na área de saúde nos EUA e, no Brasil, está sendo usado pelo Bradesco.

E especificamente a TI nacional, para onde vai? “Entendemos que o país possui condições e potencial de se tornar um líder global entre as economias conectadas, oferecendo oportunidades de transformação digital a todos os tipos de empresa, e inclusive se destacando como um polo de criação de startups”, responde Pan Chulin, presidente da Huawei para a região sul da América do Sul. A companhia é uma das gigantes chinesas da tecnologia da informação. “No Brasil, iniciativas como o Programa Nacional de Banda Larga e, mais especialmente, o Banda Larga para Todos têm tido êxito na ampliação do acesso à internet. Com eles o país pretende fornecer a mais de 90% de seu povo banda larga de alta velocidade e levar fibra óptica a 45% da população urbana. Porém, para se consolidar como destaque global neste campo, é preciso que iniciativas de promoção da indústria local de TIC proliferem. O Brasil tem de ampliar a conectividade e participar do debate acerca da indústria 4.0 se quiser manter-se competitivo”.

Na mesma linha segue Marco Stefanini, CEO da Stefanini, fabricante nacional de softwares industriais. Sua empresa vai crescer este ano, absorvendo concorrentes. “A estratégia de ir às compras em 2015 vai fortalecer nossa atuação dentro e fora do País e contribuir para que alcancemos as metas propostas. Vamos investir fortemente na internacionalização e em negócios não só no Brasil, mas também em outras nações. No ano passado estivemos mais tranquilos nesse sentido, mas agora vamos retomar as aquisições”. Ele detalha: “Até agora, tivemos quatro movimentações importantes em 2015. Anunciamos a incorporação parcial da IHM Engenharia; nos unimos à Tema Sistemas, presente no mercado financeiro há 30 anos, para criar a joint venture Stefanini Capital Market; e lançamos a Inspiring, braço de telecom do Grupo Stefanini. Por último, divulgamos em junho a abertura de um escritório em Ontário, no Canadá, considerado o 2º maior pólo de tecnologia da informação da América do Norte”. Ele conclui que, embora os números da economia brasileira não sejam os desejados, a Stefanini acredita que o mercado de TI precisa reagir. “Certamente 2015 e 2016 serão anos mais difíceis, mas teremos que enfrentá-los com maior eficiência operacional e com a oferta de soluções que realmente impactem positivamente no negócio do cliente”, aposta.

Aliás, por falar em crise, Aleksandar Mandić tem uma boa história a respeito. Ele hoje se dedica integralmente ao aplicativo que criou no início de 2013, o MandicMagic. O que é este app? Trata-se de uma rede social de compartilhamento de senhas wi-fi de locais de circulação pública. O MandicMagic fornece senhas de restaurantes, cafés, clínicas e outros estabelecimentos onde é comum que haja acesso livre à internet. Cerca de 35 mil pessoas por dia fazem download do app. Quanto à história, é o próprio Mandić quem a conta. “A TI tende a crescer nos maus momentos, pois traz corte de custos e aumento da produtividade”, começa ele. ”Então, recentemente, estava conversando com um amigo, executivo do setor, e perguntei como iam os negócios. Ele me respondeu: veja, até há pouco tempo atrás não iam bem; mas agora, com a crise, tudo melhorou”. Um fecho brilhante, dado pelo maior pioneiro de nossa internet, a um debate sobre o presente — e o futuro — da TI brasileira.

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TECNOLOGIA

quinta-feira, 29 de março de 2018

ECR - Efficient Consumer Response - Introdução

1.     RESPOSTA EFICIENTE AO CONSUMIDOR (ECR) CONCEITOS DE MARKETING.

O ECR (Efficient Consumer Response) ou resposta eficiente ao consumidor é uma iniciativa norte-americana, envolvendo no momento, a indústria alimentar inteira. O objetivo desta iniciativa foi desenvolver um sistema orientado para o cliente, em que os fabricantes, os corretores e distribuidores trabalham juntos para maximizar o valor do consumo e minimizar os custos da cadeia de abastecimento.
O principal condutor da coletânea nos Estados Unidos foi um notável aumento de consumidores mais sofisticados em suas demandas, que exigem:
melhor qualidade - maior variedade - o melhor serviço por menos dinheiro - em menos tempo - e reduzida complexidade nas informações tornar mais educadas escolhas.
É no meio de 1992, quando os líderes dos alimentos indústria, preocupado com a perda de competitividade concordou em criar um grupo de trabalho denominado "Grupo de trabalho (ECR) de resposta eficiente ao consumidor". Esta Comissão foi responsável para examinar a comida de cadeia de fornecimento da indústria e suas práticas de negócios, a fim de identificar oportunidades para modificar as práticas.
Com a mesma finalidade eles foram responsáveis por estudar tecnologias que poderiam fazer mais competitiva cadeia de abastecimento. Sua outra tarefa era a melhoria das relações entre os parceiros do alimento da indústria, que no decorrer do tempo, tinha desenvolvido práticas agressivas de competição, o que fez que cada parte envolvida gostaria de fazer lucros à custa dos outros.
Col. grupo de trabalho pediu que a empresa KSA fazer a análise da cadeia de abastecimento. Esta empresa tinha sido responsável o desenvolvimento e a introdução do sistema de resposta rápida, na indústria de bens. KSA foi encarregado de estudar o valor da cadeia de loja/fornecedor/distribuidor/usuário para determinar melhorias nos custos e serviços que alimentos indústria poderiam obter, através de mudanças nas práticas de tecnologia e negócios.
Dois tipos básicos de ECR podem ser considerados:
2.     Colaboração em operações de
Busca de sinergia e a redução dos custos em todas as transações entre cliente e fornecedor.
É uma otimização dos parâmetros físicos do sistema de logístico e otimização em comunicação e transmissão de dados.
Isso é feito com o objetivo de redução ou eliminação de todas as atividades que não agregam valor ao produto e tem como objetivo a integração e a colaboração estreita entre cliente e fornecedor.
Diferentes técnicas têm sido desenvolvidas nesta área entre os mais usado são:
·      EDI Electronic Data Interchange . Comunicação eletrônica de dados de encomendas, facturas, etc.
·      EPOS Ponto de vendas eletrônicas . Conexão do provedor com ponto de scanners de venda para atender a demanda na base para desencadear o mais eficaz sistema de abastecimento e como a base da procura de produtos e o comportamento dos clientes, em tempo real.
·      ER reposição eficiente. É o provedor que é responsável por determinar a quantidade da ordem, tempo e freqüência de alguns critérios acordaram com o cliente.
·      ASN avanço de notas de envio . Comunicação avançada sobre as datas de entrega e quantidades que devem ser fornecidas para facilitar a entrega, tarefas de pós-instalação do cliente.
·      EOS padrão de operações eficientes. Acordos sobre procedimentos permitindo a melhorar o funcionamento da distribuição:
o   Tipos e altura de paletes.
o   Códigos de barras dos produtos de identificação, caixas e unidades de expedição e paletes.
o   Sinergia no transporte a fim de preencher mais caminhões na forma de ida e volta (para evitar o deslocamento sem bens).
o   Coordene a demanda e a confiabilidade de transporte para facilitar a gestão da nova plataforma logística convertida em trânsito sem lojas de inventário permanente.
·      DSD Direct Store entrega . Gestão integrada pelo fornecedor para a entrega de mercadorias diretamente no ponto de venda.
·      CAO ordenação assistida por computador . Projeto da ordem do cliente final com suporte computacional para formar a demanda feita personalizada para que o cliente, escolhendo entre as diferentes alternativas e opções que apresenta o produto e o fornecedor do mesmo ponto de venda terminal direto da comunicação da ordem.
·      EA administração eficiente . Gestão integrada do banco de dados do productos-opciones, opções, preços, etc-, encomendas, facturas, pagamentos, afirma, etc.
·      DPP lucratividade direta do produto . Maneira padrão de determinar a rentabilidade do produto para o cliente, tendo em conta não só a margem comercial, mas também a rotação do produto.
·      SPACEMAN - extensão de um em que a rentabilidade do produto é medida de acordo com a superfície e o investimento financeiro dedicado disse produto anterior.

3.     Colaboração em Marketing

Focada no sentido de um aumento das vendas e melhoria das margens. Os benefícios desta colaboração centra-se em uma maior facilidade para capturar oportunidades de crescimento em áreas de actividade, uma racionalização de promoção de investimentos, merchandising e desenvolvimento de produtos. Existem três áreas básicas de colaboração: 
·      Que- Variedade de loja eficiente . As decisões tomadas pelo vendedor para maximizar as vendas, tais como (a distribuição da exposição do espaço), a localização do produto, escala de produto, preço político, marca, etc são compartilhadas com o provedor. Desta forma é mais importante, beneficie uma vez que contribui com seu conhecimento especializado sobre o produto e o tipo de consumidor.
·      EP- Prmotion eficiente . Fornecedor e varejista colaboram em campanhas promocionais que podem cobrir três áreas diferentes:
    • Desenvolvimento de vendas através de campanhas orientadas para o consumidor.
    • Usando técnicas de redução de custo promover mais racional ( cupons e eliminação de pacotes especiais)
    • Redução de especulativo compras que programação de dificultar uma logística eficiente.
·      EPD- Desenvolvimento e lançamento de produto eficiente . A introdução de novos produtos é essencial na atividade comercial, uma vez que melhora a posição do fornecedor contra a concorrência e o varejista fornecendo produtos melhor adaptados às necessidades do cliente. A colaboração vem ambos neste campo centra-se em todas as frentes:
    • Desenvolvimento de novos produtos e lançamento.
    • Desenvolvimento de brancos (marcas com o nome do distribuidor e não do fabricante)
Os componentes do ECR

·      Aspectos logísticos Logística é composta principalmente por actividades relacionadas com o movimento físico das mercadorias e o fluxo de informações que os acompanha ao longo da cadeia de abastecimento. Neste sentido, ser tidas em conta, entre outros, práticas de sourcing, geração de substituição, compra de ordens e manipulação dos produtos. Neste campo, o ECR definiu uma estratégia básica conhecida como reposição contínua
Esta estratégia do ECR propõe a alteração da cadeia de logística de abastecimento atual levando-a partir de um sistema de "empurrar" para um sistema de "puxar", a fim de atender a demanda real do consumidor final. Seu objetivo é minimizar o tempo, inventários e custos ao longo da cadeia de abastecimento.
Modelo de reposição contínua é integrar os ciclos de reposição diferentes em um programa, colocando o consumidor como o primeiro elo da cadeia. A integração da cadeia de abastecimento requer o uso intensivo do sistema EAN. O código de barras do produto e a embalagem torna-se um elemento fundamental de identificação em toda a cadeia. O EANCOM padrão para o intercâmbio electrónico de documentos permite que o fluxo de informações sem documentos.

·      Aspectos comerciais Estes aspectos incluem as três restantes estratégias do ECR: sortimento, promoção e introdução eficiente de novos produtos. Os objectivos da presente estratégia principalmente associado com um aumento nas vendas e um maior nível de satisfação do cliente, assegurando a sua lealdade para com o produto e a cadeia.
A base para a realização destes objectivos consiste a implementação de um processo de gerenciamento de categorias, onde o fornecedor e o cliente trabalham juntos, compartilhando informações e decisões a fim de otimizar o fornecimento de produtos para o consumidor, aumentando as vendas totais e maximizando a rentabilidade das empresas, para definir as categorias de produtos como unidades estratégicas de negócios.

As quatro estratégias do ECR

Há quatro estratégias na quais obras Col. Sobre os aspectos logísticos, encontre um: 

Reabastecimento eficiente

Modelo de substituição eficiente visa apenas fornecer o produto certo, no lugar certo, na quantidade certa e tão eficientemente quanto possível. Ou seja, que exige um esforço conjunto entre supermercados e fornecedores para gerar um fluxo de informações, únicas, exatas e na hora em toda a cadeia de abastecimento.
Assim está ficando: 

·      Redução da falta de aumentos de vendas.

·      Redução de inventário na cadeia de abastecimento / redução de custos de obsolescência.

·      Redução dos custos de gestão ordem, armazenamento, manuseio, transporte por encurtamento da cadeia de abastecimento.

No que diz respeito a aspectos comerciais (categoria gestão) esforços são direcionados para: 

Sortimento eficiente

O varejista deve ter o sortimento certo para satisfazer as necessidades do consumidor. Isto é importante para o uso eficiente do local e da gôndola, oferecendo aos consumidores produtos que realmente exigem.
O sortimento certo permite: 

·      O aumento das receitas e margens por metro quadrado.

·      A disponibilidade do produto para o consumidor final.

Promoção / preço eficiente

Esta técnica define procedimentos para promoções atingir os resultados esperados. As acções de cada categoria são projetadas e adaptadas para cada local de vendas, obtendo maior lucratividade. Desta forma visa obter fornecedores e retalhistas: 

·      Aumento de vendas por segmento de mercado, forma e tempo da promoção seleção ideal.

·      Redução dos custos de produção, armazenamento e distribuição por sazonalidade induzida.

·      Reduzir os custos de gerenciamento e controle das promoções.

Lançamentos eficientes

O objetivo é otimizar os investimentos em desenvolvimento e lançamento de novos produtos que melhor atendam as necessidades dos consumidores, reduzindo a quantidade de lançamentos falhou ao mercado. Ficam assim: 

·      A redução dos lançamentos não rentáveis.

·      A otimização das margens de lucro obtidas os lançamentos.

Para estes objetivos de negócio alcançar o sucesso, a implementação da gestão categoria (categorias, administração) é essencial. É a seleção ou escolha de grupos de produtos (categorias), que são gerenciados como unidades estratégicas de negócios. Isso inclui marketing, armazenamento, abastecimento, determinação do preço, variedade e introdução de novos produtos, para que você maximize o potencial de cada categoria. Por sua vez, essas ações exigem o uso de dados de ponto de venda para desenvolver planos estratégicos, espaços para rastreamento de produtos e medição do desempenho da categoria.

O sistema leva as empresas a se concentrar em categorias que oferecem o melhor retorno para aumentar suas vendas por metro quadrado. 

Pilares e objetivos

Efficient Consumer Response assenta em três pilares básicos: fornecer valor para o consumidor; removendo os custos que não agregar valor e maximizar o valor e minimizar ineficiências através da cadeia de abastecimento. Objetivos, por sua vez, são resumidos em quatro instruções breves e contundente: fornecer aos consumidores de produtos e serviços que eles querem; reduzir o estoque; eliminar operações de papel e modernizar o fluxo de produtos.

Desta forma, mais do que uma ferramenta, ECR, constitui uma mudança organizacional e envolve repensar o negócio. Portanto, seu sucesso é impensável, se não é feita a partir: 

  • Uma profunda mudança cultural e organizacional da empresa como um todo.
  • Uma associação do tipo ganha-ganha entre fornecedor e varejista que leva a uma lista de parceiros de negócios. Este novo esquema exigirá maior abertura entre as partes e troca de informações que atualmente são consideradas confidenciais.
  • A incorporação das ferramentas básicas: uso de tecnologias para obter informações sobre as demandas; comunicação entre bocas, depósitos e sistemas de administração central; e o padrão de codificação de produto de nível, recipiente continente e paletes.
Implementação

Implementação do ECR pode ser dividida em quatro estágios. 
  • Consiste em dividir todos os negócios em categorias e estabelecer estratégias para cada um deles. Um chefe ou gerente de categorias pode ter que carregar uma ou mais categorias e será seu responsável pela cobertura de todo o processo, desde a negociação de compra, política de marketing, gestão de stock, a localização do produto na gôndola e finalmente a venda.
  • Refere-se à implementação da categoria gestão. Nesta fase que podem ser implementados todas as categorias ao mesmo tempo, ou incorporá-los gradualmente para abarcar um todo. É necessário definir indicadores que vão medir o desempenho de cada categoria, tais como: lucro bruto e vendas, margens de contribuição das vendas, marginal, dias de estoque, rotação, etc.
  • Consiste em estender o processo de gestão de categorias para o provedor. Provedor deve adaptar a sua estrutura para estabelecer uma comunicação mais fluida com a pessoa encarregada da categoria.
  • Que se refere a configuração contínua. A idéia central é que ordens de compra ou ordens que não feitas, mas o fornecedor receber as vendas de figuras, através da utilização de EDI, entrega no tempo e produtos.
Como você pode ver, Colectânea de execução implica uma profunda mudança nas práticas habituais de fazer negócios. Do redesenho de processos e atitudes de mudança. No entanto, o Col não é apenas para grandes empresas. Todas as empresas, independentemente do seu tamanho, podem adoptar os processos, tecnologias ou aproveitar-se de algumas das ferramentas propostas pelo ECR. Para fornecer produtos de consumo que você precisa e no tempo e forma adequada às suas necessidades, é a porta que se abre o espaço para maiores e melhores benefícios para toda a cadeia de valor. 

Requisitos para realizar Col

Há um conjunto de fatores fundamentais para que os benefícios podem ser alcançados por empresas que incorporam o modelo ECR como um novo esquema de negócios. 

  • Organizacional e cultural mudam profundamente, talvez o mais difícil de alcançar.
  • Associação do tipo ganha-ganha entre fornecedor e varejista que leva a uma lista de parceiros de negócios. Este novo esquema exigirá maior abertura entre os partidos, a troca de informações, atualmente consideradas como confidenciais e desenvolvimento ligações de maior confiança entre organizações.
  • Incorporar as ferramentas básicas do modelo ECR: EDI, POS (ponto de venda) para coletar informações sobre as demandas, sistemas de comunicação entre bocas, depósitos e administração central e codificação padrão nível de produto, continente de contêiner e paletes.
Esta realização depende:

  • Compromisso com a iniciativa.
  • Formação.
  • Liderança.