segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

PDCA - O Ciclo da Gestão



Bem pessoal este post, depois de tanto tempo...., é pra falar mais uma vez da ferramenta que move os sistemas de gestão de pelo mundo, seja esta sistema de qual for.

Isso mesmo o PDCA, não há como falar em sistema de gestão, gestão e administração sem falar em PDCA.

Como sabem eu gosto muito de informação e filtrar isso é algo me me deixa feliz, passando pelo blog ExpessoGQ vi este post sobre as Facetas do PDCA e não pude deixar de compartilhar com vocês.

Ele é mais uma sacada de como ferramenta é subutilizada em todos os sentidos na empresas e como isso acaba se tornando piada e ao mesmo tempo chato e cansativo pois as atividades do dia-a-dia acabam ficando sem sentido.


Certamente você já ouviu falar na famosa ferramenta da qualidade criada pelo professor Deming na década de 1950, conhecida como PDCA (do inglês Plan, Do, Check and Act). Uma ferramenta orientada a melhoria contínua que se faz presente no gerenciamento de uma infinidade de organizações. Se ainda não ouviu ou conhece pouco, aproveite para se aprofundar neste conceito e desfrutar dos benéficos que ela pode trazer para sua vida.

Bom, mas a intenção deste post não é falar sobre o PDCA em si, mas sim de algumas “versões” que esta sigla vem acumulando principalmente no mundo empresarial. Apresentaremos aqui algumas delas e cabe a você, caro leitor, ter um olhar mais crítico em relação ao seu contexto social a profissional.

PDCA (Please Don’t Change Anything): Que em bom português significa Por favor, não mude nada, reflete a visão de alguns profissionais que encaram uma idéia, um projeto, um relatório, ou qualquer outra coisa, muitas vezes de própria autoria, como imutáveis, intocáveis e quase que a mais perfeita expressão do estado da arte. Gosto de uma frase estampada no meu calendário que diz: “Se mudar de idéia fosse ruim, a roda ainda seria quadrada”. Não é de hoje que o ambiente de negócios dominante nos faz respirar mudanças, riscos e incerteza, refletida em ciclos de vida de produto e de cliente cada vez mais curta, jovem da geração Y mudando de emprego em uma velocidade absurda, dentre outras evidências. Parece clichê, mas mentes engessadas não têm lugar em ambientes de competição. Em outros ambientes talvez, infelizmente. Prefira usar o tradicional PDCA para melhorar suas rotinas, seus projetos e seus resultados.

PDCA (Promete Depois Corre Atrás): “Neste mês vamos ter um resultado espetacular!”. Quem nunca ouviu esta convicta afirmação, principalmente da galera do setor comercial? Você não precisa fazer um MBA no exterior para aprender que para melhorar seu resultado você deve cortar custos ou aumentar sua receita ou ambos. Tomando como base sua vida pessoal é fácil notar que dobrar seu salário não é uma tarefa muito simples de se fazer, mas cortar custos pode ser algo mais viável. Grandes gestores, com os quais tenho tido contato ou até trabalhado, têm uma memória de elefante. É impressionante! Prometer um resultado no calor de uma reunião, fechar os olhos para suas deficiências e pensar que o mercado vai conspirar ao seu favor é pedir demais a Papai do Céu. Previsões realistas, desafios alcançáveis e boa política de recompensas têm o poder de motivar equipes. Promoter demais e fazer de menos faz mal ao bolso. Portanto, muito cuidado para não correr o risco de se queimar com aqueles que têm a tocha nas mãos, ou seja, Uzômi.

PDCA (Pare De Chamar a Atenção!): Pessoas que apenas aprenderam a conjugar a primeira pessoa do singular, pessoas que naturalmente reclamam antes de pensar, pessoas que extrapolam seus limites e consequentemente invadem o limite de outra(s) pessoa(s) representam o tipo clássico de pessoa que chama a atenção negativamente. Quando alguém pergunta como você está, você não necessariamente precisa desabafar, pois muitas vezes esta pessoa não está nem aí para os seus problemas. Se você se enxerga em alguma dessas situações ou outras do gênero, saiba que este comportamento vai aos poucos criando um estigma, uma caricatura sobre sua pessoa, o que sem dúvida influencia sua vida social, seu projeto de carreira dentro de uma organização e até fora dela. A sua imagem taxada disso ou daquilo transpõe facilmente as barreiras da empresa na qual você trabalha e o poder das redes sociais potencializa esse processo. Seria esta uma forma de Bullying organizacional? Na dúvida, use o PDCA original para virar a mesa!

ExpressoGQ:  As Facetas do PDCA
post original: http://expressogq.blogspot.com/2011/05/as-facetas-do-pdca.html?spref=bl

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Serie Gurus da Qualidade - Kaoru Ishikawa


 Kaori Ishikawa - toolshero
Kaoru Ishikawa (1915 - 1989) foi um professor, conselheiro e motivador japonês no que diz respeito aos desenvolvimentos inovadores no campo da gestão da qualidade . Kaoru Ishikawa é mais conhecido pelo desenvolvimento do conceito do diagrama de espinha de peixe , também conhecido como " diagrama de Ishikawa ". Esse tipo de análise de causa raiz ainda é usado em muitas organizações para fazer diagnósticos ou tomar ações concretas nas quais a causa raiz do problema é identificada.
Biografia Kaoru Ishikawa
Em 1939, Kaoru Ishikawa obteve seu mestrado em química aplicada pela Universidade de Tóquio . Em 1960, Kaoru Ishikawa obteve seu doutorado na Universidade de Tóquio. Ele obteve um doutorado (Ph.D.) em engenharia mecânica com sua tese de doutorado 'Sampling of Coal'.
Depois de concluir seus estudos, Kaoru Ishikawa serviu na Marinha (1939-1941) e depois ingressou na Nissan Liquid Fuel Company. No verão de 1945, Kaoru Ishikawa forneceu outro desenvolvimento inovador e apresentou o primeiro conceito do diagrama de espinha de peixe . Esse modelo de solução de problemas ajuda a determinar as causas principais dos problemas.
Em 1947, Kaoru Ishikawa queria voltar à ciência e começou a trabalhar como professor na Universidade de Tóquio.
Em 1949, Kaoru Ishikawa ingressou na União Japonesa de Cientistas e Engenheiros (JUSE) , um grupo de pesquisa de controle de qualidade.
Após a Segunda Guerra Mundial, o setor econômico e industrial mudou no Japão. Kaoru Ishikawa conheceu William Edwards Deming e Joseph M. Juran e juntos desenvolveram vários conceitos de gerenciamento que se integraram aos problemas do mercado japonês.
Em 1960, Kaoru Ishikawa introduziu o conceito de círculos de qualidade (um grupo de voluntários que se reúne para discutir e melhorar o desempenho organizacional), em associação com o JUSE. Esse conceito foi o começo de um experimento para descobrir qual o efeito da 'mão principal' (Gemba-cho) na qualidade. Apesar de algumas organizações terem sido abordadas para participar do experimento, a Nippon Telephone & Telegraph foi a única empresa que desejou participar deste estudo. O experimento foi bem-sucedido e os círculos de qualidade se tornaram cada vez mais populares.
Os círculos da qualidade são uma parte essencial no desenvolvimento do conceito de Gerenciamento da Qualidade Total (TQM) . Como resultado do sucesso do experimento, do conceito e dos muitos artigos e livros que se seguiram, Kaoru Ishikawa tornou-se cada vez mais conhecido no mundo do gerenciamento científico da qualidade.
Kaoru Ishikawa escreveu 647 artigos e 31 livros no total, incluindo os títulos 'Introdução ao controle de qualidade' (1954) e 'O que é controle total de qualidade? O Caminho Japonês ' (1985)
Citações famosas de Kaoru Ishikawa
  • “Pense em pelo menos quatro fatores que influenciam seu problema. Veja se uma mudança em uma dessas causas pode lhe dar um efeito diferente para explorar. ”
  • "O controle de qualidade começa e termina com o treinamento."
  • “O controle de qualidade é aplicável a qualquer tipo de empresa. De fato, o controle de qualidade deve ser aplicado em todas as empresas. ”
  • “As idéias de controle e melhoria são frequentemente confundidas entre si. Isso ocorre porque o controle e a melhoria da qualidade são inseparáveis. ”
  • “Na administração, a primeira preocupação da empresa é a felicidade das pessoas que estão ligadas a ela. Se as pessoas não se sentem felizes e não podem ser felizes, essa empresa não merece existir. ”
  • “Controle de qualidade que não pode mostrar resultados não é controle de qualidade. Vamos nos envolver no controle de qualidade que gera tanto dinheiro para a empresa que não sabemos o que fazer com ela. ”
Publicações e livros de Kaoru Ishikawa et al.
  • 2012, 1954. Introdução ao controle de qualidade . JUSE Pressione.
  • 1991. Guide to Quality Control . Organização Asiática de Produtividade.
  • 1985. O que é o controle de qualidade total? . Prentice Hall .
  • 1989. Como aplicar o controle de qualidade em toda a empresa em países estrangeiros . Quality Progress, 22 (9), 70-74.
  • 1985. Como operar as atividades do círculo de CQ . Tóquio: Sede do Círculo QC, União de Cientistas e Engenheiros Japoneses.
  • 1984. Círculos de controle de qualidade no trabalho , APO.
  • 1984. Controle de Qualidade no Japão . Sasaki, a abordagem japonesa da qualidade da produção, Pergammon.
  • 1984. Círculos de controle de qualidade em ação: casos dos setores de manufatura e serviços do Japão: com contribuição especial . Organização Asiática de Produtividade.
  • 1982. Controle de qualidade no Japão - controle de qualidade em toda a empresa (CWQC) . Japan Marketing-Advertising, 20, 4-8.
  • 1981. Controle de qualidade japonês . Comunicações da Sociedade de Pesquisa Operacional do Japão, 26, 422-423.
  • 1980. QC Circle Koryo: Princípios Gerais do QC Circle . Tóquio: Sede do Círculo QC, União de Cientistas e Engenheiros Japoneses.
  • 1976. Gestão da Qualidade Total . O caminho japonês. Prentice.
  • 1976. Guide to Quality Control, Asian Productivity Organization . Hong Kong: Nordica International.
  • 1974, 1976 a 1982. Guide to Quality Control .
  • 1973. Responsabilidade pelo produto , JUSE Press.
  • 1969. Educação e treinamento de controle de qualidade na indústria japonesa . Relatórios de Aplicação Estatística e Pesquisa, JUSE, 16, 85-104.
  • 1963. Diagrama de causa e efeito . Em Anais da Conferência Internacional sobre Qualidade. sn.
Fonte:
Van Vliet, V. (2013). Kaoru Ishikawa . Recuperado 14/02/2020 do ToolsHero:https://www.toolshero.com/toolsheroes/kaoru-ishikawa/

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

Semana de Arte Moderna de 1922


Você conhece a história da Semana de Arte Moderna de 1922? Evento que marcou para sempre a arte brasileira, a Semana fez parte das festividades em comemoração ao centenário da Independência do Brasil. Foi considerada como a primeira manifestação coletiva pública na história cultural de nosso país a favor de um espírito novo e moderno que contrariasse a arte tradicional de teor conservador que predominava no Brasil desde o século XIX.

A Semana de Arte Moderna foi realizada entre os dias 13 e 18 de fevereiro de 1922, no Teatro Municipal de São Paulo. O festival contou com uma exposição com cerca de 100 obras de diversos artistas plásticos, entre eles os pintores Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Ferrignac, John Graz, Vicente do Rego Monteiro, Zina Aita, Yan de Almeida Prado e Antônio Paim Vieira. A programação musical trazia composições de Villa-Lobos e Debussy, interpretadas por Guiomar Novaes e Ernani Braga, entre outros, e três sessões lítero-musicais noturnas, que tiveram a participação dos literatos e escritores Graça Aranha, Guilherme de Almeida, Mário de Andrade, Menotti Del Picchia, Oswald de Andrade, Renato de Almeida, Ronald de Carvalho, Tácito de Almeida, além de Manuel Bandeira, que, por motivos de saúde, não compareceu à Semana, mas enviou o poema Os Sapos, lido por Ronald de Carvalho na segunda noite do evento.
Aliás, a leitura do poema de Manuel Bandeira foi considerada como o principal momento da Semana. Com seus versos explicitamente provocativos e polêmicos, Os sapos teceu uma crítica aos parnasianos, grupo que ainda dominava o gosto do público brasileiro. Por esse motivo, o poema foi lido sob protestos da plateia, que reagiu por meio de vaias e gritos, comoção exagerada que acabou interrompendo a sessão.


Os Sapos
Enfunando os papos, 
Saem da penumbra, 
Aos pulos, os sapos. 
A luz os deslumbra. 

Em ronco que aterra, 
Berra o sapo-boi: 
- "Meu pai foi à guerra!" 
- "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!". 

O sapo-tanoeiro, 
Parnasiano aguado, 
Diz: - "Meu cancioneiro
É bem martelado. 

Vede como primo 
Em comer os hiatos! 
Que arte! E nunca rimo 
Os termos cognatos. 

O meu verso é bom 
Frumento sem joio. 
Faço rimas com 
Consoantes de apoio. 

Vai por cinquenta anos 
Que lhes dei a norma: 
Reduzi sem danos 
A fôrmas a forma. 

Clame a saparia 
Em críticas céticas:
Não há mais poesia, 
Mas há artes poéticas..." 
Urra o sapo-boi: 
- "Meu pai foi rei!"- "Foi!" 
- "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!". 

Brada em um assomo 
O sapo-tanoeiro: 
- A grande arte é como 
Lavor de joalheiro. 

Ou bem de estatuário. 
Tudo quanto é belo, 
Tudo quanto é vário, 
Canta no martelo". 

Outros, sapos-pipas 
(Um mal em si cabe), 
Falam pelas tripas, 
- "Sei!" - "Não sabe!" - "Sabe!". 

Longe dessa grita, 
Lá onde mais densa 
A noite infinita 
Veste a sombra imensa; 

Lá, fugido ao mundo, 
Sem glória, sem fé, 
No perau profundo 
E solitário, é 

Que soluças tu, 
Transido de frio, 
Sapo-cururu 
Da beira do rio...
Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)
Manuel Bandeira


Na fotografia, os organizadores da Semana de Arte Moderna, entre eles Guilherme de Almeida e Mário de Andrade
Com ideais diametralmente opostos ao Parnasianismo, que prezava a objetividade temática, o culto à forma, a impessoalidade e a “arte pela arte”, os modernistas recusavam a arte tradicional e propunham alinhamento com toda produção artística moderna, sobretudo um alinhamento com as vanguardas europeias – Cubismo, Futurismo, Expressionismo, Dadaísmo e Surrealismo. Tantas inovações em um contexto ultraconservador, no que dizia respeito às artes, naturalmente não seriam bem-vistas, um dos motivos que abafaram a divulgação do evento. A Semana de Arte Moderna não alcançou grande repercussão à época, não merecendo mais do que poucas colunas nos principais jornais de São Paulo, contudo, sua importância histórica foi devidamente reconhecida com o passar dos anos.
Embora não houvesse um projeto artístico em comum que unisse as várias tendências de renovação apresentadas durante a Semana de Arte Moderna de 1922, havia, porém, um mesmo desejo que agregava os artistas: o de combater a arte tradicional. O evento não foi propriamente um acontecimento construtivo de propostas e criação de novas linguagens, mas sim um acontecimento organizado para expor a rejeição ao conservadorismo vigente na produção literária, musical e visual brasileira na segunda década do século XX. Conforme dito por Mário de Andrade em uma conferência realizada em 1942 por ocasião dos vinte anos da Semana de Arte Moderna de 1922, “o Modernismo, no Brasil, foi uma ruptura, foi um abandono de princípios e de técnicas consequentes, foi uma revolta contra o que era a Inteligência nacional”. Essa ruptura drástica proposta pelos primeiros modernistas abriu caminhos para outros escritores e influenciou significante toda a literatura produzida não só durante o século XX, mas também a literatura contemporânea.

Por Luana Castro
Graduada em Letras
Arte de Di Cavalcanti na capa do programa da Semana de Arte Moderna de 1922
PEREZ, Luana Castro Alves. "Semana de Arte Moderna de 1922"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/literatura/semana-arte-moderna-1922.htm. Acesso em 06 de fevereiro de 2020

Exercícios

1 - QUESTÃO:

Sobre a Semana de Arte Moderna, é incorreto afirmar:
a)      evento realizado em São Paulo no ano de 1922, tinha como principal objetivo ratificar os padrões estéticos vigentes à época frente às investidas de um grupo de jovens artistas que propunha a renovação radical no campo das artes influenciados pelas vanguardas europeias.
b)      o principal foco de descontentamento com a ordem estética estabelecida estava no campo da literatura (e da poesia, em especial). Exemplares do Futurismo italiano chegavam ao país e começavam a influenciar alguns escritores, como Oswald de Andrade e Guilherme de Almeida.
c)      Alvo de críticas e em parte ignorada, a Semana não foi bem entendida em sua época. Esse evento ocorreu no contexto da República Velha, controlada pelas oligarquias cafeeiras e pela política do café com leite. O capitalismo crescia no Brasil, consolidando a República e a elite paulista, esta totalmente influenciada pelos padrões estéticos europeus mais tradicionais.
d)      Os modernistas não apresentavam um projeto estético em comum, mas entre eles imperava a ideia de que era preciso renovar, dar às artes características genuinamente brasileiras. Para os jovens artistas, era indispensável a ruptura com a tradição clássica para abolir os moldes europeus que ditavam as regras na literatura, nas artes plásticas, na arquitetura, na música etc.
e)      A Semana de Arte Moderna de 1922 foi uma consequência do nacionalismo emergente da Primeira Guerra Mundial e também do entusiasmo dos jovens intelectuais brasileiros pelas comemorações do Centenário da Independência do Brasil.
2 - QUESTÃO (Enem 2012)
O trovador
Sentimentos em mim do asperamente
dos homens das primeiras eras...
As primaveras do sarcasmo
intermitentemente no meu coração arlequinal...
Intermitentemente...
Outras vezes é um doente, um frio
na minha alma doente como um longo som redondo...
Cantabona! Cantabona!
Dlorom...
Sou um tupi tangendo um alaúde!
ANDRADE, M. In: MANFIO, D. Z. (Org.) Poesias completas de Mário de Andrade. Belo Horizonte: Itatiaia, 2005.
Cara ao Modernismo, a questão da identidade nacional é recorrente na prosa e na poesia de Mário de Andrade. Em O trovador, esse aspecto é
a)      a) abordado subliminarmente, por meio de expressões como “coração arlequinal”, que, evocando o carnaval, remete à brasilidade.
b)      b) verificado já no título, que remete aos repentistas nordestinos, estudados por Mário de Andrade em suas viagens e pesquisas folclóricas.
c)      c) lamentado pelo eu lírico, tanto no uso de expressões como “Sentimentos em mim do asperamente” (v. 1), “frio” (v. 6), “alma doente” (v. 7), como pelo som triste do alaúde “Dlorom” (v. 9).
d)      d) problematizado na oposição tupi (selvagem) x alaúde (civilizado), apontando a síntese nacional que seria proposta no Manifesto Antropófago, de Oswald de Andrade.
e)      e) exaltado pelo eu lírico, que evoca os “sentimentos dos homens das primeiras eras” para mostrar o orgulho brasileiro por suas raízes indígenas

3 - QUESTÃO (UDESC)
A Semana da Arte Moderna de 1922 tinha como uma das grandes aspirações renovar o ambiente artístico e cultural do país, produzindo uma arte brasileira afinada com as tendências vanguardistas europeias, sem, contudo, perder o caráter nacional; para isso contou com a participação de escritores, artistas plásticos, músicos, entre outros. Analise as sequências que reúnam as proposições corretas em relação à Semana da Arte Moderna.
I. O movimento modernista buscava resgatar alguns pontos em comum com o Barroco, como os contos sobre a natureza; e com o Parnasianismo, como o estilo simples da linguagem.
II. A exposição da artista plástica Anita Malfatti representou um marco para o modernismo brasileiro; suas obras apresentavam tendências vanguardistas europeias, o que de certa forma chocou grande parte do público; foi criticada pela corrente conservadora, mas despertou os jovens para a renovação da arte brasileira.
III. O escritor Graça Aranha foi quem abriu o evento com a sua conferência inaugural "A emoção estética na Arte Moderna"; em seguida, apresentou suas obras Pauliceia desvairada e Amar, verbo intransitivo.
IV. O maestro e compositor Villa-Lobos foi um dos mais importantes e atuantes participantes da Semana.
V. As esculturas de Brecheret, impregnadas de modernidade, foram um dos estandartes da Semana; sua maquete do Movimento às Bandeiras foi recusada pelas autoridades paulistas; hoje, umas das esculturas públicas mais admiradas em São Paulo.
Assinale a alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo.
a)      a) II, III e V.
b)      b) II, IV e V
c)      c) I e III.
d)      d) I e IV.
e) II e V.

3.    QUESTÃO 
A Semana de Arte Moderna é considerada como um divisor de águas para a cultura brasileira porque:
a)      propôs a continuação da tradição e o apego à literatura clássica, mas, ao mesmo tempo, deixou-se influenciar pelos movimentos de vanguarda que eclodiam na Europa no início do século XX.
b)      antecipou as renovações artísticas que só se consolidariam a partir da década de 1950 com o Concretismo, corrente literária liderada pelos poetas Décio Pignatari e os irmãos Haroldo e Auguso de Campos.
c)      foi considerada como a primeira manifestação coletiva pública na história cultural de nosso país em favor de um espírito novo e moderno que contrariasse a arte tradicional de teor conservador que predominava no Brasil desde o século XIX.
d)     uniu técnicas literárias de maneira inédita na literatura, mesclando as influências oriundas das vanguardas europeias com o Naturalismo e o Simbolismo, estéticas em voga no século XIX. Essa simbiose temática proporcionou a criação de uma nova linguagem, que em muito lembrava aquela empregada no período Barroco de nossa literatura