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PMBOOK e a Gestão de Projeto
Márcio d'Ávila, 8 de agosto de 2006. Revisão 8, 11 de julho de 2015.
Gerenciamento de projetos (GP) é uma
área de atuação e conhecimento que tem ganhado, nos últimos anos, cada vez mais
reconhecimento e importância. Um dos principais difusores do gerenciamento de
projetos e da profissionalização do gerente de projetos é o Instituto de Gerenciamento
de Projetos (PMI - Project Management Institute).
Fundado nos Estados Unidos em 1969, o
PMI é uma associação profissional mundialmente difundida, atualmente com meio
milhão de membros em mais de 180 países. O PMI é distribuído geograficamente
pelo mundo em Capítulos. Existe o PMI Brasil - Integração Nacional, programa
dos capítulos do PMI em diversos estados brasileiros.
Duas das principais iniciativas do PMI
na difusão do conhecimento em gerenciamento de projetos são as certificações profissionais em gerência de projetos —
Project Management Professional (PMP) e Certified Associate in Project
Management (CAPM) — e a publicação de padrões globais de gerenciamento de projetos, programas e
portfólio, sendo a mais popular delas o Guia do Conjunto de
Conhecimentos em Gerenciamento de Projetos (Guia PMBOK® - Project
Management Body of Knowledge).
Editado na forma de livro, o Guia PMBOK
está atualmente na quinta edição de dezembro de 2012 e traduzido oficialmente
para diversos idiomas, inclusive o português do Brasil. As edições anteriores
foram publicadas nos anos de 1996, 2000, 2004 e 2008.
O Guia PMBOK é reconhecido como um
Padrão Nacional Americano pelo ANSI. A quinta edição é o padrão ANSI/PMI
99-001-2013 e teve alinhamento com a norma internacional ISO 21500:2012(também disponível como norma
brasileira ABNT NBR ISO 21500:2012) - Orientações sobre
Gerenciamento de Projetos, lançada pela ISO em setembro de 2012 visando
unificar e criar normas que deverão ser seguidas mundialmente.
O Guia PMBOK formaliza diversos
conceitos em gerenciamento de projetos, como a própria definição de projeto e
do seu ciclo de vida. Também identifica na comunidade de gerenciamento de
projetos um conjunto de conhecimentos amplamente reconhecido como boa prática,
aplicáveis à maioria dos projetos na maior parte do tempo. Estes conhecimentos
estão categorizados em dez áreas e os processos relacionados são organizados em
cinco grupos ao longo do ciclo de vida do projeto.
Projetos e seu gerenciamento
Um projeto é um
esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado
exclusivo. [PMI 2012, p. 3]
Dois termos da definição de projetos
merecem destaque. Temporário não significa necessariamente de
curta duração, mas sim que um projeto possui um início e um término definidos.
Isso distingue o projeto dos trabalhos operacionais de natureza contínua.
E exclusivo indica a
singularidade da natureza de cada projeto, pois mesmo que elementos repetitivos
ou similares possam estar presentes em algumas entregas do projeto, o resultado
de cada projeto é obtido sob uma combinação exclusiva de objetivos,
circunstâncias, condições, contextos, fornecedores etc.
Gerenciamento de projetos é a aplicação
de conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas adequadas às
atividades do projeto, para atender aos seus requisitos. [PMI 2012, p. 5]
Áreas de conhecimento
As dez áreas de conhecimento caracterizam
os principais aspectos envolvidos em um projeto e no seu gerenciamento:
- Integração
- Escopo
- Tempo
- Custos
- Qualidade
- Recursos humanos
- Comunicações
- Riscos
- Aquisições
- Partes interessadas
Escopo, Tempo, Custos e Qualidade são
os principais determinantes para o objetivo de um projeto: entregar um
resultado de acordo com o escopo, no prazo e no custo definidos, com qualidade
adequada; em outras palavras, o que, quando, quanto e como. Recursos Humanos e
Aquisições são os insumos para produzir o trabalho do projeto. Comunicações,
Partes interessadas e Riscos devem ser continuamente tratados para manter as
expectativas e as incertezas sob controle, assim como o projeto no rumo certo.
E Integração abrange a orquestração de todos estes aspectos.
Partes Interessadas passou a ser área
de conhecimento no PMBOK 5ª Edição (2012), resultante de um desdobramento de
Comunicações.
Um projeto consiste nisso: pessoas (e
máquinas) que utilizam tempo, materiais e dinheiro realizando trabalho
coordenado para atingir determinado objetivo.
Processos do gerenciamento de projetos
A aplicação dos conhecimentos requer a
adoção eficaz de processos apropriados. Cada área de conhecimento abrange
diversos processos no gerenciamento de projetos.
Um processo é um
conjunto de ações e atividades interrelacionadas que são executadas para
alcançar um objetivo. Cada processo é caracterizado por suas entradas,
ferramentas e técnicas que podem ser aplicadas, e as saídas resultantes. [PMI
2012, p. 47]
Os cinco grupos de processos de
gerenciamento de projetos são:
1.
Iniciação
2.
Planejamento
3.
Execução
4.
Monitoramento e Controle
5.
Encerramento
Os grupos de processos de gerenciamento
de projetos têm grande correspondência com o conceito do Ciclo PDCA (Plan -
Do - Check - Act): Planejar - Fazer - Verificar - Agir (corrigir e
melhorar). O grupo de Planejamento corresponde ao Planejar; Execução, ao Fazer;
e Monitoramento e controle englobam Verificar e Agir. E como a natureza dos
projetos é finita, o PMBOK ainda caracteriza os grupos de processos que iniciam
(Iniciação) e finalizam (Encerramento) um projeto.
Além de conceituar os aspectos
fundamentais do gerenciamento de projetos, de forma a promover um vocabulário
comum dentro dessa profissão, o Guia PMBOK documenta (define e descreve)
processos de gerenciamento de projetos e os apresenta didaticamente,
organizados em um capítulo por área de conhecimento. Em cada processo, são
abordados suas entradas e saídas, suas características, bem como os artefatos,
técnicas e ferramentas envolvidas.
O excelente diagrama com um fluxo
proposto por Mauro Sotille, disponível nas seções de templates e artigos
sobre Gerenciamento de Projetos do portal da empresa PM Tech,
relaciona de forma gráfica e sintética todos os 47 processos de
gerenciamento de um projeto descritos no PMBOK 5ª Edição, indicando
também os cinco grupos em que os processos se distribuem e as respectivas áreas
de conhecimento associadas a cada um.
Crédito/Fonte: Fluxo de Processos do Gerenciamento de Projetos - PMBOK 5a
Edição [PDF], por Mauro
Afonso Sotille, PM Tech - Capacitação em Gerenciamento de
Projetos, Porto Alegre - RS. Disponível também Fluxo de Processos do GP - PMBOK 4ed e Visão Geral dos Processos do GP - PMBOK 4ed.
Para estes mesmos 47 processos de
gerenciamento de projetos do PMBOK 2012, a matriz a seguir provê uma visão
quantitativa de sua distribuição pelas áreas de conhecimento e pelos grupos de
processos. Clique na figura para exibir uma descrição resumida dos respectivos
processos. Veja também Grupos de Processos e Áreas de Conhecimento - PMBOK 5ed [PDF],
por Mauro Sotille, PM Tech.
Pelo diagrama é fácil perceber algumas
características lógicas dos processos de gerenciamento de um projeto:
- praticamente todas as áreas de conhecimento são abordadas nas atividades de Planejamento (definir, estimar e planejar cada aspecto) e de Monitoramento e Controle (controlar) — no PMBOK 4ª edição, o processo de Gerenciar a equipe passou ao grupo de Execução, deixando apenas a área de RH sem processos no grupo de Controle;
- quanto ao Planejamento, os aspectos envolvidos mais amplamente são tempo, riscos, escopo e custos;
- quanto à Execução, os aspectos envolvidos mais ativamente são a equipe (RH), as comunicações, as aquisições, e a garantia da qualidade;
- a integração se faz presente em todos os momentos do projeto.
- na figura com as descrições, os grupos de processos representam os tipos de atividades, as áreas de conhecimento caracterizam os assuntos, e seu cruzamento induz, de forma bastante intuitiva, os respectivos verbos — definir, planejar, estimar, gerenciar, monitorar, controlar, encerrar etc. — e substantivos que descrevem os processos de gerenciamento relacionados.
Isso mostra que os conceitos e melhores
práticas que o PMBOK reúne, organiza e formaliza estão naturalmente presentes
na essência do gerenciamento de qualquer bom projeto.
O gerente de projetos
O gerente do projeto é
a pessoa designada pela organização responsável pela condução do projeto, com a
missão de zelar para que os objetivos do projeto sejam atingidos. O gerente de
projetos tem sido caracterizado por um perfil profissional com domínio e
experiência especializados nos processos e nas áreas de conhecimento do
gerenciamento de projetos.
O trabalho do gerente de um projeto
pode ser sintetizado em dois grandes elementos:
- Planejar (antes) e Controlar (durante) as atividades do projeto e seu gerenciamento, conforme se pode constatar pela concentração de processos de gerenciamento de um projeto abrangendo todas os aspectos envolvidos.
- Comunicar: os gerentes de projetos passam a maior parte do seu tempo tratando com os membros da equipe e outras partes interessadas do projeto.
Para obter eficácia no gerenciamento,
em especial na comunicação, os gerentes de projetos devem dominar habilidades
interpessoais. Isso significa um longo e contínuo processo de crescimento
pessoal e desenvolvimento gerencial.
Segundo a psicóloga Fela Moscovici
[Moscovici 1981], competência interpessoal é a habilidade de
lidar eficazmente com relações interpessoais, de lidar com outras pessoas de
forma adequada às necessidades de cada um e às exigências da situação.
Competência interpessoal é resultante
de percepção acurada e realística das situações interpessoais e de habilidades
comportamentais específicas que conduzem a consequências significativas no
relacionamento duradouro e autêntico, satisfatório para as pessoas envolvidas.
Um terceiro componente dessa competência refere-se ao relacionamento em si, e
compreende a dimensão emocional-afetiva, predominantemente.
Lidar com situações interpessoais
requer sensibilidade e flexibilidade perceptiva e comportamental, que significa
procurar ver vários ângulos ou aspectos da mesma situação e atuar de forma
diferenciada, não rotineira, experimentando novas condutas percebidas como
alternativas de ação.
Destacam-se as seguintes habilidades
interpessoais para o gerente de projetos:
- Comprometimento, responsabilidade, ética e honestidade;
- Transparência, franqueza, clareza e objetividade;
- Liderança, agregação, motivação e entusiasmo;
- Solução de conflitos e problemas;
- Negociação, influência e persuasão;
- Decisão, iniciativa e proatividade;
- Organização e disciplina;
- Autocontrole, equilíbrio e resiliência;
- Empreendedorismo;
- Eficácia.
O PMI mantém um Código de Ética e Conduta Profissional (Project
Management Institute Code of Ethics and Professional Conduct), criado para
incutir confiança à profissão de gerenciamento de projetos e auxiliar os
praticantes a se tornarem melhores profissionais. Para isso, o código descreve
as expectativas que os profissionais de gerenciamento de projetos tem de si e
de seus colegas. Ele exige que os profissionais demonstrem compromisso com a
conduta ética e profissional, sendo específico quanto à obrigação básica de
responsabilidade, respeito, justiça e honestidade. Isso inclui respeitar as
leis, regulamentos e políticas organizacionais e profissionais.
Mais que ser um facilitador, o gerente
de projetos deve fazer a diferença no bom andamento e no sucesso dos projetos.
Partes interessadas
Partes interessadas, intervenientes ou — do termo em
inglês — stakeholders são pessoas, grupos ou
organizações que podem afetar, serem afetados ou sentirem-se afetados por uma
decisão, atividade ou resultado de um projeto. Elas englobam os envolvidos no
projeto, ou cujos interesses podem ser positiva ou negativamente afetados pela
execução ou pelos resultados do projeto. Elas também podem exercer influência
sobre o projeto e suas saídas. [PMI 2012, p. 394]
Desde a iniciação do projeto, a equipe
de gerenciamento precisa identificar as partes interessadas internas e
externas. Ao longo do planejamento e da execução do projeto, o gerente do
projeto e sua equipe devem gerenciar as diferentes necessidades, preocupações e
expectativas das partes interessadas, bem como a influência destas no projeto,
para garantir um resultado bem sucedido.
Alguns exemplos de possíveis partes
interessadas podem incluir:
- Patrocinador (Sponsor): pessoa ou grupo que fornece os recursos financeiros para a realização do projeto, e que também provê o aval estratégico e político que viabiliza e promove o projeto e o defende;
- A equipe do projeto, que inclui o gerente do projeto, a equipe de gerenciamento do projeto, e outros membros da equipe que executam trabalho no projeto mas não estão necessariamente envolvidos com o gerenciamento; [PMI 2008, p. 26]
- Clientes e usuários;
- Presidente, donos e executivos;
- Acionistas e investidores;
- Gerentes funcionais;
- Escritório de projetos (Project Management Office - PMO), gerentes e comitês de portfólios e de programas;
- Fornecedores e parceiros comerciais;
- Concorrentes;
- Governo, em suas diversas esferas e poderes;
- Organismos de regulação e fiscalização internos e externos, incluindo auditorias, agências, conselhos, sindicatos e associações institucionais, profissionais e oficiais;
- Organizações não governamentais (ONG);
- Comunidades, vizinhança e população abrangida pelas ações e resultados do projeto.
Outros elementos importantes que
influenciam projetos são as culturas e estilos organizacionais, bem
como os fatores ambientais da empresa, do mercado, da
sociedade e da localização geopolítica onde o projeto acontece.
Projetos, Programas e Portfólios
O ecossistema de gerenciamento de
projetos está inserido em um contexto mais amplo, regido pelo gerenciamento de
programas e gerenciamento de portfólios, principalmente em organizações mais
maduras em lidar com projetos. As estratégias, prioridades e o planejamento
organizacional impactam a priorização de projetos com base em risco,
financiamento e no plano estratégico da organização.
O Guia PMBOK define um programa como
um grupo de projetos (bem como subprogramas e atividades de programa)
relacionados, gerenciados de modo coordenado visando a obtenção de benefícios
que não estariam disponíveis se eles fossem gerenciados individualmente. Um
programa pode incluir elementos de trabalho fora do escopo dos projetos
distintos nele. [PMI 2012, p. 9]
Um projeto pode ou não fazer parte de
um programa, mas um programa sempre terá projetos. Enquanto projetos possuem
objetivos definidos e específicos, programas possuem um escopo maior e visam
benefícios mais significativos.
Gerenciamento de programas é definido como
o gerenciamento centralizado e coordenado de um programa para atender seus
requisitos e obter benefícios e controle que transcendem os projetos
individualmente.
Já um portfólio refere-se
a um conjunto de projetos ou programas e outros trabalhos, agrupados para
facilitar o gerenciamento eficaz desse trabalho a fim de atingir os objetivos
estratégicos de negócios. Os projetos ou programas do portfólio podem não ser
interdependentes ou diretamente relacionados. [PMI 2008, p. 8]
O gerenciamento de portfólios é
o gerenciamento centralizado de um ou mais portfólios, que inclui
identificação, priorização, autorização, gerenciamento e controle de projetos,
programas e outros trabalhos relacionados, para atingir objetivos estratégicos
específicos de negócios. Ainda segundo o PMBOK, o gerenciamento de portfólios
se concentra em garantir que os projetos e programas sejam analisados a fim de
priorizar a alocação de recursos, e que o gerenciamento do portfólio seja
consistente e esteja alinhado às estratégias organizacionais. [PMI 2008, p. 9]
Portfólios possuem um escopo de
negócios no ambiente mais amplo da organização, alinhados com objetivos e
prioridades estratégicas de negócios. Um portfólio de nível mais elevado pode
ser composto de portfólios de nível mais específico, programas e projetos.
Os projetos, em programas ou
portfólios, são frequentemente utilizados como meio de atingir metas e
objetivos organizacionais, geralmente no contexto de um planejamento
estratégico. Os projetos são normalmente autorizados como resultado de uma ou
mais das seguintes considerações estratégicas: [PMI 2008, p. 10]
- Demanda de mercado;
- Oportunidade ou necessidade estratégica de negócios;
- Solicitação de cliente;
- Avanço tecnológico;
- Requisito legal.
Além do padrão global para
gerenciamento de projetos Guia PMBOK, o PMI publica padrões para o gerenciamento de
programas — The Standard for Program Management — e de
portfólios — The Standard for Portfolio Management.
Uma estrutura ou corpo organizacional
frequentemente usado para o gerenciamento centralizado e coordenado dos
projetos, programas e portfólios é o escritório de projetos (Project
Management Office -PMO). As responsabilidades de um PMO podem
variar desde fornecer apoio e suporte ao gerenciamento de projetos na
organização até ser responsável pelo gerenciamento direto de um projeto,
programa ou portfólio. [PMI 2008, p. 11] O PMO pode também consolidar
informações e indicadores estratégicos dos projetos, programas e portfólios da
organização.
Um PMO deve dar suporte aos gerentes de
projetos, o que inclui: identificar e desenvolver metodologia, políticas, procedimentos,
documentação, melhores práticas e padrões de gerenciamento de projetos;
orientar com aconselhamento, treinamento e supervisão; gerenciar recursos
compartilhados entre todos os projetos abrangidos pelo PMO; monitorar
conformidade com políticas e padrões; coordenar a comunicação entre projetos.
Outros referenciais em gerenciamento
de projetos
IPMA e ABGP
Uma entidade alternativa ao PMI é a
Associação Internacional de Gerenciamento de Projetos — International
Project Management Association (IPMA), mais difundida na Europa.
O documento IPMA Competence
Baseline (ICB), produzido pela IPMA, é análogo ao PMBOK do PMI. O ICB, versão 3.0, 2006 (em inglês) pode ser
baixado gratuitamente.
O "Olho da Competência" (ver
figura) representa o olhar IPMA sobre as melhores práticas e competências dos
Gerentes de Projetos. Simboliza o conjunto representado pelos 46 Elementos do
ICBv3, em que 20 Elementos são da Competência Técnica, 15 da Competência
Comportamental e 11 da Competência Contextual.
O modelo de certificação da IPMA é
baseado em competências. O ICB é a base para o sistema IPMA 4 Level
certification (4LC). Os quatro níveis de certificação profissional da IPMA são:
D - Certified Project Management Associate; C - Certified Project Manager; B -
Certified Senior Project Manager; A - Certified Projects Director. A
certificação Nível D da IPMA é similar à CAPM do PMI, e a Nível C, à PMP.
A Associação Brasileira de
Gerenciamento de Projetos (ABGP) está filiada, desde julho de 2002, à IPMA, se
tornando IPMA
Brasil. O ICB foi localizado e adaptado para o Brasil, produzindo o Referencial Brasileiro de Competências (RBC) [PDF]
em Gerenciamento de Projetos, utilizado pela ABGP/IPMA Brasil na sua
certificação de Gerentes de Projetos no Brasil.
Outro padrão de gerenciamento de
projetos, originalmente desenvolvido pelo governo britânico e utilizado
principalmente no Reino Unido, é o PRINCE2 - PRojects IN Controlled
Environments, atualmente mantido pela empresa AXELOS (a mesma que
mantém o ITIL).
Métodos ágeis no gerenciamento de
projetos
Várias técnicas e ferramentas baseadas
em métodos ágeis tem sido aplicadas ao gerenciamento de projetos.
Scrum foi originalmente definida como
"uma estratégia de desenvolvimento de produtos flexível e holística onde
um time de desenvolvimento trabalha como uma unidade para atingir um objetivo
comum", em 1986 pelos japoneses Hirotaka Takeuchi e Ikujiro Nonaka, no
artigo "New Product Development Game". Tem sido difundida e utilizada
como uma metodologia ágil para desenvolvimento de software iterativa e
incremental, bem como um framework ágil para gerenciar o desenvolvimento de
produtos e projetos. Preconiza princípios e técnicas como backlog de produto,
reuniões "em pé" diárias, e ciclos curtos de desenvolvimento (duração
de 2 a 4 semanas) denominados sprints.
Em 1995, Ken Schwaber e Jeff Sutherland
apresentaram um artigo descrevendo a metodologia Scrum no congresso de
programação orienta a objetos OOPSLA '95 (Austin, Texas, EUA), baseado em suas
experiências na aplicação dos princípios de Scrum em suas empresas. Schwaber e
outros fundaram a organização Scrum Alliance e criaram programas de
certificação como o Certified Scrum Master (CSM). Schwaber deixou a
Scrum Alliance em 2009 e fundou a Scrum.orgdestinada à evolução e melhoria da
qualidade e da maturidade do Scrum e da profissão de desenvolvimento de
software.
Ferramentas com forte viés visual tem sido aplicadas ao gerenciamento
ágil de projetos, como Kanban — técnica desenvolvida pelo
engenheiro industrial Taiichi Ohno, da Toyota, significa em japonês mural de
registro ou placa visível — e Project Model Canvas — do
brasileiro José
Finocchio Júnior.
Para saber mais
- Referências sobre Gestão em Tecnologia da Informação.
- Glossário de Acrônimos e Definições do PMBOK Guide [PDF] 3ª Edição, 2004, PMI, em Português; disponível em PM Tech.
- PMI Brasil - Integração Nacional, programa dos capítulos do PMI.
- PMI Capítulo São Paulo, primeiro estabelecido no Brasil.
- PMI Capítulo Minas Gerais, onde está Ricardo Viana Vargas, primeiro voluntário latino-americano eleito para presidente do conselho diretor (Chairman) do PMI mundial, revisor do PMBOK Guide e presidiu o comitê de tradução oficial do PMBOK 2004 para o português.
- Project Management Institute - PMI (em inglês).
- Project Management Body of Knowledge e Gerência de projetos, verbetes em Wikipédia, a enciclopédia livre.
- Gerência de Projetos - O Modelo PMBOK [PDF], por Hermano Perrelli, Centro de Informática da UFPE, slides do tutorial apresentado no SBES 2004.
- Fundamentos de Gerenciamento de Projetos [PDF], por Paulo Ferrucio, PMP, 2008, Ramo Estudantil IEEE Unicamp, slides do treinamento.
- Iniciação ao PMBOK no Gerenciamento de Projetos, por Thiago Pastorello Gervazoni, 20/03/2006, no portal Linha de Código.
- Conceitos Básicos de Gerenciamento de Projetos, por Thiago Pastorello Gervazoni, 25/10/2006, no portal Linha de Código.
- A essência do gerenciamento de projetos, por Márcio d'Ávila, 04/10/2010.
- Sucessos e falhas em projetos de TI e Sucesso de projetos atualizado, por Márcio d'Ávila, 17/06/2010 e 18/06/2011 respectivamente.
- Using Project Vital Signs to Prioritize Expectations artigo em Project Experts (em inglês). Também disponível em PDF.
- Metodologia TenStep PB, combina a metodologia TenStep PGP (Processo de Gerenciamento de Projetos) com o PMBOK. Examine o conteúdo da parte do material aberta publicamente.
Gerente de projetos e Habilidades
interpessoais
- As habilidades do gerente de projetos: um fator de sucesso para as organizações por Gladis Camarini e Valter João de Sousa, Revista Eletrônica de Administração (REAd) – Edição 52 Vol. 12 N° 4 jul-ago 2006. Download do PDF também disponível em REAd e em spell.org.br.
- As 10 mais importantes competências não-técnicas para gerentes, por Pablo Aversa, 29 de abril de 2011, no blog Room 4D.
- Gerente de Projetos - Habilidades Interpessoais, apresentação por Gerente Consciente, em SlideShare.
- Habilidades Interpessoais, por Claudinei Costa, 11 de julho de 2005, em Portal Administradores.
- Afinal... o Gerente de Projetos deve “Gerenciar ou Liderar”?, por Marcos Pires, PMP, 17 de fevereiro de 2010, no blog Projetizando.
- Liderança, por Alexandre Rodrigues Medeiros, Luiz Fernando Brunini, Marcelo Araujo de Souza e Rosangela Cristina Rubin; Monografia apresentada no curso de Organização, Sistemas e Métodos das Faculdades Integradas Campos Salles, sob orientação do Professor Mauro M. Laruccia.
- Os doze maiores atributos da liderança, por Luiz Almeida Marins Filho, Ph.D., Anthropos Consulting.
- Resiliência (psicologia) e Resiliência, verbetes em Wikipédia, a enciclopédia livre.
Partes interessadas / Stakeholders
- Stakeholder e Teoria do stakeholder (em português), Project stakeholder e outras definições de stakeholder (em inglês), verbetes em Wikipedia.
- Análise dos Stakeholders, por Fernando C. Barbi, PMP.
IPMA
- International Project Management Association - IPMA (em inglês).
- IPMA Brasil.
Scrum
- Scrum em DesenvolvimentoAgil.com.br.
- Guia do Scrum [PDF] em Português, por Ken Schwaber e Jeff Sutherland, julho de 2013, em Scrum Guides.
- Verbete: Scrum em Wikipédia, a enciclopédia livre.
- Scrum (software development) (em inglês) em Wikipedia, the free encyclopedia.
- Scrum Alliance e Learn about Scrum (em inglês).
- Scrum.org (em inglês) por Ken Schwaber.
- Scrum e/ou Kanban – Por onde começar?, por Rodrigo Yoshima, 2014-09-05, artigo em Débito Técnico, o blog da ASPERCOM Treinamentos.
- Agile Project Management and its flavors: where does Scrum end and Kanban begin? (em inglês), por Linnea Ann Williams, 2014-07-30, Stanford University Web Services Blog.
Kanban
- Kanban (development) (em inglês), verbete na Wikipedia, the free encyclopedia.
Bibliografia
[PMI 2012]
Um Guia do
Conhecimento em Gerenciamento de Projetos (Guia PMBOK), Quinta Edição em
Português. Project Management Institute (PMI). Global Standard, dezembro 2012,
EUA. ISBN: 978-1-62825-007-7.
[PMI 2008]
Um Guia do
Conhecimento em Gerenciamento de Projetos (Guia PMBOK), Quarta Edição em
Português. Project Management Institute (PMI). Global Standard, dezembro 2008,
EUA. ISBN: 978-1-933890-70-8.
[Moscovici 1981]
Competência Interpessoal no Desenvolvimento de Gerentes.
Fela Moscovici, 1981. In: RAE - Revista de Administração de Empresas, vol. 21,
nº 2, abr-jun 1981, Brasil. ISSN: 0034-7590 (impressa), 2178-938X (edição
on-line).
Fonte: http://www.mhavila.com.br/topicos/gestao/pmbok.html
Sempre acompanho o blog e indico aos professores do gestão agil de projetos, orgulho de acompanhar esse conteúdo, recomendo a todos os gestores e estudiosos
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