sábado, 4 de julho de 2020

O que é a metodologia 5s e como ela é utilizada


O que é a metodologia 5s e como ela é utilizada

O Programa 5S tem sua origem no Japão em 1950, quando o professor Kaoro Ishikawa apresenta um
método para combater o desperdício e ajudar o país destroçado pela guerra, e sem recursos naturais.
A metodologia 5S tem sido desenvolvida de forma eficaz e participativa nas empresas através de fundamentos de fácil compreensão e capacidade de apresentar resultados expressivos.  Isso responde a questão daqueles que se perguntam: “por que cada vez mais empresas investem na aplicação dos 5S?” A resposta é simples: porque é uma ferramenta baseada em idéias simples e que podem trazer grandes benefícios para as empresas.
Princípios do 5S

O conceito de 5S possui como base as cinco palavras japonesas cujas iniciais formam o nome do programa. As palavras são Seiri, Seiton, Seiso, Seiketsu e Shitsuke, que migradas para o Português foram traduzidas como “sensos”, visando não descaracterizar a nomenclatura do programa. São eles: senso de utilização, senso de organização, senso de limpeza, senso de saúde e senso de autodisciplina. Vejamos separadamente os conceitos de cada um dos 5S:

1) SEIRI – Senso de Utilização

Significa utilizar materiais, ferramentas, equipamentos, dados, etc. com equilíbrio e bom senso. Onde é realizado o descarte ou realocação de tudo aquilo considerado dispensável para realização das atividades. Os resultados da aplicação do Senso de Utilização são imediatamente evidenciados.

    Ganho de espaço
    Facilidade de limpeza e manutenção
    Melhor controle dos estoques
    Redução de custos
    Preparação do ambiente para aplicação dos demais conceitos de 5S

2) SEITON – Senso de Organização

O senso de organização pode ser interpretado como a importância de se ter todas as coisas disponíveis de maneira que possam ser acessadas e utilizadas imediatamente. Para isto devem-se fixar padrões e utilizar algumas ferramentas bem simples como painéis, etiquetas, estantes, etc. Tudo deve estar bem próximo do local de uso e cada objeto deve ter seu local específico. Podemos identificar como resultados do senso de organização:

    Economia de tempo;
    Facilidade na localização das ferramentas;
    Redução de pontos inseguros.

3) SEISO – Senso de Limpeza

A tradução para a palavra Seiketsu é limpeza. Este senso define a importância de eliminar a sujeira, resíduos ou mesmo objetos estranhos ou desnecessários ao ambiente. Trata-se de manter o asseio do piso, armários, gavetas, estantes, etc. O senso de limpeza pode ir além do aspecto físico, abrangendo também o relacionamento pessoal onde se preserva um ambiente de trabalho onde impere a transparência, honestidade, franqueza e o respeito. A aplicação do senso de limpeza traz como resultado:

    Ambiente saudável e agradável;
    Redução da possibilidade de acidentes;
    Melhor conservação de ferramentas e equipamentos;
    Melhoria no relacionamento interpessoal.

4) SEIKETSU – Senso de Padronização e Saúde

O senso de padronização é traduzido na fixação de padrões de cores, formas, iluminação, localização, placas, etc. Como abrange também o conceito de saúde, é importante que sejam verificados o estado dos banheiros, refeitórios, salas de trabalho, etc. afim de que sejam identificados problemas que afetam a saúde dos colaboradores como os problemas ergonômicos, de iluminação, ventilação, etc. Este senso tem como principal finalidade manter os 3 primeiros S’ (seleção, ordenação e limpeza) de forma que eles não se percam. Podem-se evidenciar como principais resultados da aplicação deste conceito:

    Facilidade de localização e identificação dos objetos e ferramentas;
    Equilíbrio físico e mental;
    Melhoria de áreas comuns (banheiros, refeitórios, etc);
    Melhoria nas condições de segurança.

5) SHITSUKE – Senso de Disciplina ou Autodisciplina

A última etapa do programa 5S é definida pelo cumprimento e comprometimento pessoal para com as etapas anteriores. Este senso é composto pelos padrões éticos e morais de cada indivíduo. Esta etapa estará sendo de fato executada quando os indivíduos passam a fazer o que precisa ser feito mesmo quando não há a vigilância geralmente feita pela chefia ou quando estendem estes conceitos para a vida pessoal demonstrando seu total envolvimento. Diante de um ambiente autodisciplinado acerca dos princípios 5S é possível que se tenha:

    Melhor qualidade, produtividade e segurança no trabalho;
    Trabalho diário agradável;
    Melhoria nas relações humanas;
    Valorização do ser humano;
    Cumprimento dos procedimentos operacionais e administrativos;

A convivência com os cinco sensos apresentados leva os indivíduos a compreenderem melhor o seu papel dentro de uma organização e os torna parte da pirâmide dos resultados alcançados, fazendo nascer a consciência de que é preciso ser disciplinado mesmo quando não há cobranças. Por isso, os Programas de Qualidade têm auxiliado as empresas no processo de melhoria contínua dos produtos ou serviços, principalmente através da mudança cultural, a fim de se obter a vantagem competitiva necessária que será colhida a curto, médio e longo prazo.

E vocês, tem alguma experiência com 5S para compartilhar? Deixem seus comentários abaixo. Vamos discutir o tema!

Fonte: http://www.sobreadministracao.com - acesso 04/03/2020

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

PDCA - O Ciclo da Gestão



Bem pessoal este post, depois de tanto tempo...., é pra falar mais uma vez da ferramenta que move os sistemas de gestão de pelo mundo, seja esta sistema de qual for.

Isso mesmo o PDCA, não há como falar em sistema de gestão, gestão e administração sem falar em PDCA.

Como sabem eu gosto muito de informação e filtrar isso é algo me me deixa feliz, passando pelo blog ExpessoGQ vi este post sobre as Facetas do PDCA e não pude deixar de compartilhar com vocês.

Ele é mais uma sacada de como ferramenta é subutilizada em todos os sentidos na empresas e como isso acaba se tornando piada e ao mesmo tempo chato e cansativo pois as atividades do dia-a-dia acabam ficando sem sentido.


Certamente você já ouviu falar na famosa ferramenta da qualidade criada pelo professor Deming na década de 1950, conhecida como PDCA (do inglês Plan, Do, Check and Act). Uma ferramenta orientada a melhoria contínua que se faz presente no gerenciamento de uma infinidade de organizações. Se ainda não ouviu ou conhece pouco, aproveite para se aprofundar neste conceito e desfrutar dos benéficos que ela pode trazer para sua vida.

Bom, mas a intenção deste post não é falar sobre o PDCA em si, mas sim de algumas “versões” que esta sigla vem acumulando principalmente no mundo empresarial. Apresentaremos aqui algumas delas e cabe a você, caro leitor, ter um olhar mais crítico em relação ao seu contexto social a profissional.

PDCA (Please Don’t Change Anything): Que em bom português significa Por favor, não mude nada, reflete a visão de alguns profissionais que encaram uma idéia, um projeto, um relatório, ou qualquer outra coisa, muitas vezes de própria autoria, como imutáveis, intocáveis e quase que a mais perfeita expressão do estado da arte. Gosto de uma frase estampada no meu calendário que diz: “Se mudar de idéia fosse ruim, a roda ainda seria quadrada”. Não é de hoje que o ambiente de negócios dominante nos faz respirar mudanças, riscos e incerteza, refletida em ciclos de vida de produto e de cliente cada vez mais curta, jovem da geração Y mudando de emprego em uma velocidade absurda, dentre outras evidências. Parece clichê, mas mentes engessadas não têm lugar em ambientes de competição. Em outros ambientes talvez, infelizmente. Prefira usar o tradicional PDCA para melhorar suas rotinas, seus projetos e seus resultados.

PDCA (Promete Depois Corre Atrás): “Neste mês vamos ter um resultado espetacular!”. Quem nunca ouviu esta convicta afirmação, principalmente da galera do setor comercial? Você não precisa fazer um MBA no exterior para aprender que para melhorar seu resultado você deve cortar custos ou aumentar sua receita ou ambos. Tomando como base sua vida pessoal é fácil notar que dobrar seu salário não é uma tarefa muito simples de se fazer, mas cortar custos pode ser algo mais viável. Grandes gestores, com os quais tenho tido contato ou até trabalhado, têm uma memória de elefante. É impressionante! Prometer um resultado no calor de uma reunião, fechar os olhos para suas deficiências e pensar que o mercado vai conspirar ao seu favor é pedir demais a Papai do Céu. Previsões realistas, desafios alcançáveis e boa política de recompensas têm o poder de motivar equipes. Promoter demais e fazer de menos faz mal ao bolso. Portanto, muito cuidado para não correr o risco de se queimar com aqueles que têm a tocha nas mãos, ou seja, Uzômi.

PDCA (Pare De Chamar a Atenção!): Pessoas que apenas aprenderam a conjugar a primeira pessoa do singular, pessoas que naturalmente reclamam antes de pensar, pessoas que extrapolam seus limites e consequentemente invadem o limite de outra(s) pessoa(s) representam o tipo clássico de pessoa que chama a atenção negativamente. Quando alguém pergunta como você está, você não necessariamente precisa desabafar, pois muitas vezes esta pessoa não está nem aí para os seus problemas. Se você se enxerga em alguma dessas situações ou outras do gênero, saiba que este comportamento vai aos poucos criando um estigma, uma caricatura sobre sua pessoa, o que sem dúvida influencia sua vida social, seu projeto de carreira dentro de uma organização e até fora dela. A sua imagem taxada disso ou daquilo transpõe facilmente as barreiras da empresa na qual você trabalha e o poder das redes sociais potencializa esse processo. Seria esta uma forma de Bullying organizacional? Na dúvida, use o PDCA original para virar a mesa!

ExpressoGQ:  As Facetas do PDCA
post original: http://expressogq.blogspot.com/2011/05/as-facetas-do-pdca.html?spref=bl